quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SOBRE NOMES





nomes nomes nomes
sobrenomes com nomes
sem nome não dá pra chegar
sem sobrenomes não dá pra peitar





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SOBRE OS DIAS



já deixei de sofrer pelas madrugadas
a dor agora é diária
ininterrupta
sem hora marcada





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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

PRO SEU ENTENDIMENTO



hoje tirei o dia pra mijar no quintal
nem tente me convencer de que se trata de uma metáfora
que eu nem tento te convencer de que não é
no final das contas são todos os sentidos

o autêntico dono de cão
pode até nem me dar razão
sou a privada desses bichos
cagam na minha cara com a maior cara lavada

hoje mijei no quintal pra marcar
entrei na disputa pelo meu território ameaçado
não vou deixar o portão aberto isso eu não faço
venço no peito na raça e com várias doses de mijadas





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sábado, 15 de agosto de 2009

POR TRÁS DOS FATOS



o fato concreto
não é o ocorrido
são entrelinhas
que alguém jamais pensou ter escrito







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FEIJÃO AMIGO





entrou correndo pela casa adentro mais rápido que a bala tão ninja quanto o vento cagou nas calças sem o menor desprendimento







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MEDIEVAL




cada vez que tento
fico exposto
sem escudos, sem sobrenomes fortes
sem armas letais
apenas o bom senso na cara ingênua
apenas isso, nada mais








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LASANHA DE CARNE



- Ei, tô começando a entender o negócio...
- É a a vodka...
-Porra, tu é foda, não posso nem dá uma viajada que você já vem logo me taxando de doidão.
- Que nada, você já perdeu o crédito faz tempo...
- Pode até ser, mas não precisa colar minha foto em nenhum rótulo, não acha?
- Sei não, é tudo tão diferente de antigamente...
- Naquele tempo era tudo muito diferente, pra começar que eu nunca tinha te chamado pra dançar essa música...
- Qualquer música. Você nunca gostou de se expor desse jeito...
- Sempre gostei de ficar na minha...
- Sempre gostou de alimentar solidão...
- Sempre na minha...
- Então, cada um na sua...
- Sem a menor pretensão.... Vamos comer uma panqueca?







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HÁ SEMELHANÇAS AUSENTES NA REALIDADE

Vou direto ao ponto. Eu compreendo os meus pais. Ou pelo menos a intenção deles, porque eu jamais vou saber o que se passa na cabeça deles. Muito menos o que se passou, não é mesmo? Simplesmente acredito. Mesmo se um dia eu for pai, não chegarei nem perto da compreensão. No fundo somos muito diferentes. Tudo é tão diferente...há semelhanças ausentes na realidade. Disso eu não duvido. O exemplo seguido pode ser apenas uma feliz coincidência. E quando não ocorre é conflito familiar declarado e jamais explicado por qualquer psicanalista. E nem vem com a conversa mole de que freud explica.
Essa eu duvido.!






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O TÍTULO É O ESCRITO

semelhanças ausentes na realidade.






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TEM RAZÃO, PESSOA, EU NÃO SEI O QUE O AMANHÃ TRARÁ

Tava pensando nessa maluquice de ter um filho. Por mais que me odeiem por aí, acredito que serei um ótimo pai. Gosto de crianças. As minhas. Sei que nem nasceram ainda, mas o gosto sempre manda recado antes de vir. Pô, pelo menos já recebi a mensagem. Saquei que a situação é irreversível. Comportamento traumático diante da lembrança de uma terrível animação de festa que não deu certo. Quase fui linchado na frente de diversos sádicos pais. Não se preocupem, saí ileso. Pelo menos fisicamente. O trauma, agora segredo revelado, é o responsável pelo meu afastamento temporário das crianças. Dos outros. Que venha a cria. Essa doideira que eu tô me referindo, já me botou de castigo faz tempo. Comecei a brincar com malabaris. Resolvi que vou aprender a tocar violão. Leio sempre que lembro. E isso não é coisa que eu esqueça tão fácil, pode acreditar. Outro dia vi em um programa de entrevistas que é legal o pai mostrar para a criança tudo aquilo que ele quer dar exemplo à ela. O que eu entendi é que mesmo se ele estiver de frente pro seu filho, com o livro aberto, mesmo sem ler, ainda assim a criança vai aprender muito com essa situação. Sei lá, no mínimo vai aprender a mentir descaradamente. Mas como dizem por aí, é sempre bom olhar a bula antes de tomar qualquer medicação. Eu resolvi ampliar meus conhecimentos. E só. Isso já me faz um bem danado. Ser pai ainda é algo inexplicável pra mim. Vamos deixar assim, I know not what tomorrow will bring.






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NEGÓCIO ARRISCADO

Esse negócio de dividir informações, as vezes, me deixa sem fôlego. Tudo é permitido. Segredos? Não. Os segredos são tão escondidos, tem vezes, nem lembro que eles existem. É melhor assim. Sem culpas absurdas e explicações desastrosas. Desejos? Devo admitir que tem vezes que eles se juntam. Como estou há um mês de completar 40 e minha mulher há três de completar 30, resolvemos que vamos ter um filho. Eu já cansei de dizer que isso é um ato extremamente irresponsável de nossa parte. Nesse mundo maluco e tão perto de 2012, com tantas profecias e gênios desacreditados colocando teorias ridículas ao chão? Nem sei mais o que fazer. Tudo bem, então vamos ter um filho. Investimos no esforço necessário pra tal proeza e insanidade sem fim. Ontem paramos no hospital. Isso mesmo, começou o ensaio. Qualquer infecção alimentar tem sintomas de filho no ventre, com mãe radiante e pai completamente desesperado. Mas deixa estar, foi divertido pra caraio. Vamos ver o que a próxima aventura nos reserva.







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JOÃO TEIMOSO

Às vezes ando nas ruas, cumpro todo o meu itinerário e nem me lembro se algo incomum aconteceu nesta trajetória. Não me recordo de todos os meus passos. Nem sempre presto atenção no caminho. Assim acredito que tudo anda. Atenciosamente aqui, desperso ao cubo por lá. Ganho e perco sem a menor sombra de competição. Sou parceiro do chão. Dá um tempo...reerguer não é tarefa tão árdua assim pra quem já tá mais do que acostumado com o cair. E nunca fiz disso uma bandeira. Respeito repetidas vezes na esperança de nunca mais tombar. Mas, sei lá, é sempre em vão.





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TEORIAS

Não tem jeito mesmo. É só eu apostar minha mão no fogo, pra em seguida eu aparecer queimado. Profissão não se escolhe. Nem me vem com esse papo de teste vocacional. Eu não acredito. As pessoas são escolhidas. E se um dia alguém teorizou sobre o assunto, não serei eu quem irá duvidar. O que dizer então das convenções? Se tudo já está pensado e meus gostos e desejos não são nenhuma novidade, só posso admitir e insistir que jamais escolhi minha profissão. Sou artista e pronto. Ouvi muito sobre herança genética, mas nada que me impressionasse demais. Minha mãe andou uns tempos pela poesia e até já ouvi que existe uma raiz circense em algum de meus antepassados, mas como disse, nada que me impressionasse demais. Vou de improviso. Admito que meu texto já tá rabiscado faz tempo. E mesmo assim eu me atrapalho com o decorado.







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quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Por Edgar Borges

Show beneficente reúne artistas roraimenses no Sesc Centro

O show beneficente “Canto Solidário” reunirá 14 artistas e bandas locais nesta sexta, 14 de agosto, no Espaço Multicultural do Sesc Centro, a partir das 21h. Organizado pelo Coletivo Arteliteratura Caimbé, o espetáculo vai arrecadar recursos para ajudar o bibliotecário Roberto Carlos Cunha, que fez no dia 5 uma doação de rim para seu filho, de apenas 3 anos de idade.O transplante aconteceu no dia 5 de agosto, no Ceará, após uma longa e frustrada espera em Manaus (AM), onde os médicos consideraram arriscada a cirurgia. Roberto, que reside em Roraima desde a década de 1990, entre outros lugares trabalhou no Sesc e no Ministério Público Estadual. Juntamente com seu filho está em fase de observação clínica e encontra-se bem. Os recursos arrecadados no show ajudarão a minimizar o impacto financeiro do período pós-operatório.
O ingresso custa R$ 10,00 e pode ser comprado antecipadamente no Guaraná Mania, complexo Ayrton Senna. No show, haverá dança, música e poesia com o grupo de dança The Masc, os músicos Claudio Moura, Bebeco Pujucam, Claudia Lima, André Lobo, Magoozaia e Halisson Crystian, as bandas Capitão Kaverna, Mr. Jungle, Iekuana, Uzina e Guy-bras, além da declamadora Vânia Coelho e uma exposição fotográfica com imagens de Tana Halú.
“A adesão dos artistas à ideia do show foi imediata, o que mostra sensibilidade e preocupação com o próximo. Agora, esperamos que as pessoas que gostam de boa música, dança e poesia também nos ajudem a ajudar Roberto, comparecendo no Sesc Centro, um dos nossos parceiros no evento, juntamente com o Estúdio Parixara, Gráfica Real, Fetec (Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista),Comercium empreendimentos, Arte Foto Hora, Foto Alegria e das rádiosTropical FM (94,1) e Monte Roraima FM (107,9)”, afirma a gestora cultural Zanny Adairalba.
Este é o segundo evento de médio porte organizado pelo Arteliteratura Caimbé. No Dia da Poesia, comemorado em março, o Coletivo realizou uma noite de música e poesia na Praça das Águas, Centro de Boa Vista contando com a participação de mais de cinco mil pessoas.
Além de Zanny Adairalba, integram o Coletivo o artista plástico Tana Halú e os jornalistas Luiz Valério e Edgar Borges. As imagens do show beneficente serão exibidas posteriormente no blog http://www.literaturacaimbe.blogspot.com/.
O coletivo é uma associação cultural amazônica formada com o objetivo de fomentar a cidadania e a cultura usando como ferramenta principal a literatura.
Contatos: Edgar Borges: 9111- 4001, Luiz Valério: 9135 8757 e TanaHalú 9902 1914.






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VERGONHA NO ESTADO DE RORAIMA

Uma vergonha o que o SESC realiza no estado de Roraima. Foi aberto hoje processo de seleção para o Projeto Amazônia das Artes, que permite aos artistas dos segmentos de Teatro, Dança, Música e Artes Plásticas circularem pelos estados da Região Norte. Sem dúvidas de que este é um excelente projeto, mas o fato é que as inscrições, que abriram hoje, 12/08, se encerram amanhã, 13/08. E o pior, o resultado sairá no dia 14/08.
Não recebemos edital para este processo de seleção, não sabemos qual material devemos entregar ao SESC, não sabemos qual o valor dos cachês que serão pagos aos artistas, não sabemos qual o critério desta seleção, ou seja, se trata de um processo obscuro e que nos outros anos aconteceram do mesmo jeito.
A Cia. do Lavrado convocou todos os artistas que integram o FÓRUM DE CULTURA DO ESTADO DE RORAIMA e solicitamos, também, o apoio dos artistas-trabalhadores da REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA para que os mesmos mandem e-mails para o SESC Regional e SESC Nacional solicitando MAIOR TRANSPARÊNCIA E LEGITIMAÇÃO deste processo de seleção. Afinal de contas o slogan do SESC aqui em Roraima é - A NOSSA RAZÃO É SOCIAL - Será mesmo?





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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DE VOLTA AO TRABALHO

Estou de volta. Mais conectado do que nunca. Ainda perdido com a quantidade de e-mails nas minhas caixas, mas aos poucos me atualizo. Em breve a Cia. do Lavrado se reunirá, e em seguida a chapa vai esquentar legal. Tem muita coisa pela frente. E o mais urgente nesse momento são as estréias dos espetáculos Absurdópolis, que nos perdoe Aristófanes e A Farsa do Advogado Pathelin. Por enquanto é isso. Ainda tô no ritmo de férias.





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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

AINDA SOBRE O CONSELHO DE CULTURA

  • Quem já viu o Plano Estadual de Cultura e o Calendário Cultural do Estado?Todos os segmentos estão contemplados ali? Ele é divulgado em que lugar, lógico, deve sair no DO, mas o público não lê Diário Oficial, não é mesmo?
  • O Plano Estadual de Cultura e o Calendário deveriam ser formados a partir deconsultas aos artistas, e aberto ao público, que é o maior interessado nessa parada. Mesmo tendo as pastas representadas por pessoas da classe artística, será que os artistas-conselheiros consultam a classe para saber quais são as nossas necessidades. Não me lembro disso ter acontecido, não de forma pública.
  • Ele é consultivo, normativo, fiscalizador e deliberativo...então podemos acessar de imediato o Conselho e exigirmos maior transparência no processo da Lei de Fomento do Estado, no qual vários artistas, de vários segmentos foram contemplados e até agora o dinheiro não saiu. Cadê o dinheiro da lei de Fomento? Já estamos em Agosto, minha gente!
  • O Conselho possui, de acordo com este documento (lei 055), cadastro dos artistas do estado de Roraima, o Fórum poderia solicitar esta lista atualizada, para que o mesmo pudesse integrar mais artistas no processo de articulação.
  • Será que o Conselho está realmente integrado ao Plano Nacional de Cultura no que diz respeito aos programas para a região norte? Existe esse diálogo com os outros conselhos, dos outros estados? Como é a relação do nosso Conselho com os outros conselhos da região norte?
  • E os Conselhos Municipais de Cultura, existem? Vamos discutí-los também.
  • Campanhas voltadas para o desenvolvimento cultural, elas existem no nosso estado? É função do Conselho promovê-las. O lançamento do Fórum deveria ter total apoio do Conselho de Cultura. Não é uma campanha, mas uma ação de extrema importância e legalidade no qual o Conselho deveria estar antenado, inclusive, os conselhos municipais de cultura estarão representados neste lançamento, não é mesmo? Até por que pensamos na Conferência Estadual, certo?
  • Prêmios ao estímulo das atividades culturais sem que seja processo de indicação política, isso também não ocorre certo? Pelo menos nunca vi nenhuma comissão visitando os espetáculos da Cia. do Lavrado ou outros grupos, aliás, pouco vi conselheiros assistindo aos nossos espetáculos. Nem mesmo o Presidente, que nem deve saber que nós existimos. Mas nós, artistas-trabalhadores já estivemos no lançamento do livro dele.
  • O tempo de mandato de todos os conselheiros é respeitado, de acordo com esta
lei?
  • O Conselho de Cultura mantém um site, ou alguma publicação, para que todo cidadão possa ter acesso ao dia-a-dia dos conselheiros?





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SOBRE O CONSELHO DE CULTURA

Ontem aconteceu mais uma reunião do Fórum de Cultura de Roraima. Os artistas e produtores culturais do estado resolveram se reunir e desde abril deste ano, todas as terças tem acontecido este encontro. A Cia. do Lavrado chegou faz pouco tempo, estávamos em processo de montagem de dois espetáculos e não dava pra faltar ensaios, mas agora estamos lá. Ainda não sei qual é a direção política deste Fórum, embora todos mantenham o discurso de melhores condições para os artistas, de igualdade e coisa e tal, mas a gente sabe que os interesses muitas vezes são outros. e eles ainda não estão claros pra mim. Eu ainda não entendi direito como a coisa está funcionando. Então, vou bem devagar. Outro dia, surgiu uma possibilidade do Fórum fazer uma indicação para o Conselho de Cultura, pois me parece que a pasta de Artes Cênicas está vaga. Muito bem, o segmento de Artes Cênicas do estado se reuniu. Foi importante, pois conseguimos concentrar 27 artistas dos segmentos de Circo, Dança e Teatro. Apenas isso já foi uma puta de uma conquista. Tiramos oito nomes para que o Fórum decidisse a lista tríplice entre esses. A lista tríplice deve ser encaminhada ao Governador, pois ainda é este senhor que faz a indicação para o Conselho de Cultura. Processo por demais obscuro. Na reunião com os artistas de Artes Cênicas eu me candidatei a vaga do Conselho. Entrei na lista por acreditar que o Fórum legitimando esta indicação estaria realmente propondo uma mudança neste processo de escolha. Ontem, uma das pautas da reunião era a lista tríplice. E eu retirei minha candidatura. Lógico, apesar de reconhecer a importância desta indicação pelo Fórum, não acredito que o mesmo esteja com esta discussão afiada entre seus membros. Não está maduro o suficiente para fazer esta indicação. Se não esgotamos a discussão desta pauta dentro do Fórum, como é que vamos cobrar mais tarde do conselheiro que lá colocamos? Fiz uma provocação no grupo virtual do Fórum e apenas dois integrantes se manifestaram, sendo um deles da Cia. do Lavrado. A provocação tinha o objetivo de alimentar esta discussão. Precisamos debater mais para fazermos um indicação para o Conselho de Cultura. Não dá pra simplesmente indicarmos uma lista tríplice se este assunto nem foi esgotado dentro do Fórum. De uma outra maneira, estamos repetindo os mesmos erros. Quem for indicado pra ser conselheiro, não tem a menor idéia do que o fórum pensa sobre isso. Lógico, tem a idéia macro, que todos dizem defender, que é a democratização da cultura, ou seja, cultura para todos. Mas o Fórum não se manifestou. O Fórum não respondeu aos questionamentos colocados no grupo virtual. Devo entender que este assunto ninguém tá afim de falar. Ninguém quer de fato colocar a sua opinião por ali. Com isso, retirei minha candidatura. Agora imagina só se eu fosse o escolhido, pois se me candidatei corro o risco de ser aceito, vou ser um conselheiro de cultura indicado por um movimento de artistas que não querem de fato discutir este assunto. Como diria o personagem Pathelin, - que roubada, meu filho!, personagem de uma farsa, só que esta era medieval. Vou continuar na ponta, que é o que sei fazer de melhor, ou pelo menos acredito que faço o meu melhor, que é dentro da Cia. do Lavrado. Continuarei a fomentar discussões. Continuarei a bater quando achar que devo bater, recuar na hora certa, questionar aqueles que tem o poder de mudar alguma coisa e sempre com o teatro em primeiro plano. O político não pode se sobressair do artístico. Preciso dois dois, em perfeita harmonia dentro de mim.







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terça-feira, 4 de agosto de 2009

O INESPERADO OU A INÊS PELADA



poderia até dizer

que foi um dia como outro qualquer
isso se eu não tivesse morrido
aos gritos com teus lábios grudados aos meus...





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DRAMATURGIA NO SESC

Sesc promove oficina de Dramaturgia

Por Gilvan Costa

Com o tema “Teatro a partir do texto – escolha e compreensão de uma obra como primeiro passo”, o Sesc inicia a partir desta segunda-feira, 03, a segunda etapa do projeto Dramaturgia: leituras em cena. A oficina será realizada no Espaço Cultural do Sesc, no bairro Mecejana das 18h às 22h, até quarta-feira.

A oficina terá 12 horas de duração e será ministrada pelo diretor de teatro, ator, dramaturgo, pesquisador e dublador, Diego Molina, formado em Artes Cênicas, habilitação direção teatral, pela Unirio e mestrando em Teatro pela mesma instituição.

O objetivo da oficina é trabalhar a formação de um grupo, preparado para o trabalho em conjunto, condição imprescindível para o fazer teatral coletivo. Durante a oficina, os participantes terão contato através das leituras de obras consagradas e obras desconhecidas do grande público.

Segundo Diego Molina, ele pretende trabalhar técnicas de expressão vocal e dinâmicas para a realização de uma leitura dramatizada, cujo foco principal está na apresentação do texto para a platéia. São 30 pessoas participando da oficina.

“Nesse primeiro dia de encontro vamos assistir a exibição do filme Ricardo Terceiro, um ensaio, do ator e diretor Al Pacino. Os participantes terão em mãos um pequeno texto com tópicos a serem observados durante o filme. Esta atividade tem o objetivo de preparar e estimular o grupo para algumas questões a serem abordadas”, salienta Molina.

Segundo o Núcleo de Cultura do Sesc, a oficina servirá para selecionar 18 atores e quatro diretores que estarão finalizando a segunda etapa do projeto com a realização das leituras em cena, prevista para ocorrer no dia 19 de setembro, dentro da programação do Overdoze – doze horas de cultura, projeto do Sesc que reúne as diversas linguagens da cultura roraimense.

Mais informações no Núcleo de Cultura do Sesc através dos telefones 3621-3947 e 8403-4443.

Gilvan Costa

Assessor de Comunicação do Sesc Roraima

(95) 3621-3937 / 8403-4590 / 9971-8132


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DE LONGE, O MEBS



tu

é
um
puta
de
um
poeta,
seu
filho
da
puta...
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TÔ DE OLHO, MANÉ!



o escuro guia de um pensamento sem fim

num instante impulsivo num rabisco infinito
vergonhoso momento de insensatez
não se pode perder sem ao menos fritar o freguês




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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ROMEU E JULIETA




O amor me bandou
Esculachou com a minha moral
Desceu o morro sem a menor compreensão
Me deixou passado
Presente sem jeito, sem fôlego, sem respiração
De olhos virados e completamente sem ação

O amor me atirou o horizonte
Provocou minha crise
Me pegou num instante
Humilhou, arrastou, me usou

O amor, não me dou.



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PELA MADRUGADA



Abaixo a porta do bar
Mergulho atrás do balcão
Engulo o troco e o ganha pão
E seco, eu envergo madrugada adentro
Sem lenço
E sem documento






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HOJE OU ONTEM?


Tudo é tão parecido
Os mesmos rostos
Os mesmos cheiros
Os mesmos gostos
É tudo tão ao avesso
Que nem sei mais se é hoje ou ontem







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domingo, 2 de agosto de 2009

PRÉDIOS ASSOMBRADOS

Nem me atrevo a contestar que o prédio histórico, tombado, que funciona o Centro de Cidadania Nós Existimos não tem assombrações. Já escutei muitas histórias na beira de rio. Muitos anos atrás um monte de freiras habitavam aquela construção silenciosa. Eu acho que eram freiras, pelo menos foi a história que ouvi. Tinha até uma capela. Imagine só que sinistro! Me parece que funcionava onde é hoje a lanchonete. Acho que é por isso que nada dá certo por lá. Tá carregado pra diabo. Muitas reinvindicações controladas foram desepejadas ali. Segredos cabulosos arrancados em nome da fé. Uma tortura, se pararmos pra pensar. Vocação... O fato é que eu mesmo já vivi algo esquisito lá dentro. Uma vez, eu tava na sala da Cia. do Lavrado, conectado, só pra variar, e acho que eram oito da noite. De repente a luz acabou! Sério, coisa mais previsível em qualquer filminho americano, mas ali era real. Saí batido do prédio. E quando eu passava por aqueles corredores intermináveis, apagando todas as luzes do prédio, sempre sentia nas minhas costas uma energia, um peso, uma sombra, uma coisa qualquer que eu não via, mas que eu tinha a certeza de que estava em meu encalço. Muito doido! O pior é que quando eu fui pro carro, me lembrei que tinha deixado as chaves lá dentro. Fiz todo o percurso terrorível com as mesmas sensações estranhas nas minhas costas. Contestar? Porra nenhuma, o bagulho é cruel mesmo. Pode acreditar.








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EU VENDO CULTURA

Esse negócio de profissão não é mole não. O povo diz por aí que pra ser profissional da parada precisa ganhar algum com o lance. Tá legal, eu entendo essa teoria e coisa e tal, mas e os artistas desempregados? Pensa que isso não acontece com a gente? Tem artista desempregado de montão por aí. Eu mesmo conheço uma penca deles. Insisto na história da urgência, acho que eles desconhecem esse fato crucial. Em 2004, quando cheguei em Boa Vista, a barra tava pesada. Vendi cordão de miçanga na praça. Já colocava em prática meu projeto de viver da arte, nem que pra isso eu precisa-se aprender outras. E teve muito lanche por causa disso. Sabe aquela necessidade que martela incessantemente o pensamento, lá dentro, sem trégua, que cobra alguma atitude diante dos meus desejos e sonhos? Então, é isso aí. Eu não posso reclamar. Faz tempo que vivo de minha arte. Não tenho renda mensal, e por isso a correria pra esconder o dinheiro ganho, de mim, mesmo! Se eu bobear, torro tudo. E como não ganho por mês, preciso fazer meus malabarismos. Escolhi viver assim. E não aprendi sozinho essa estrepolia, meu pai criou a sua família como vendedor. E dos mais afiados. E além do mais, eu sempre vendi. Computadores, roupas, já até falei disso aqui, jornais, tapetes, remédios e ingressos do maracanã, isso dos que me lembro agora. Hoje eu vendo cultura. Eu sou muito feliz assim.




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SÓ PROS ENGESSADOS

Tem gente que me encontra de vez em quando e que nem convive comigo, que insiste na tentativa de me dar uma sacaneada. Não entende como eu consigo estar sempre conectado e escrever tanto nos meus e-mails e coisas afins. Não conseguem enxergar um palmo na sua frente, não vê que eu vivo disso? Conectado é que me aproximo desse mundo gigantesco que nesse exato momento engole esse infeliz colega, que morre a cada dia com seu desejo de um dia ganhar a vida com a sua arte. É do time dos sem urgência. E vai quebrar muito a cara por aí. O pior é que tem alguns, que mesmo com a cara rachada não conseguem dar a volta por cima. Isso quando no meio do percurso não vendem a sua arte por uns míseros donativos, sempre na fila das reclamações, imploram mesmo e com a maior cara de miserável. Acho até que se maqueiam antes da seção de esmolação. Deixam o mais sincero de sua arte escapar. O que nos sobra é melodrama. Novela Mexicana encharcada de lágrimas no último capítulo. Esse negócio de profissão não é pra qualquer um, viu? Tem que ter urgência. Ou então vai ser funcionário público. Nada contra o segmento...






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DOMINGO DE 80




Ritual

(Frejat / Cazuza)

Ah! Pra que chorar

A vida é bela e cruel, despida

Tão desprevenida e exata

Que um dia acaba

Não amo ninguém

(Frejat / Ezequiel / Cazuza)

Não sei por que que de manhã

Toda manhã parece um parto






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sábado, 1 de agosto de 2009

OS INFILTRADOS

Tenho participado ativamente do processo de construção de políticas culturais dentro e fora do estado de Roraima. Estou articulado com a Rede Brasileira de Teatro de Rua - RBTR e dentro do estado de Roraima com o Fórum Permanente de Cultura. Percebo que experimentamos um momento único, principalmente aqui no estado. Nunca tive a oportunidade de me reunir com artistas de diversos segmentos pra discutirmos políticas culturais, a não ser em 2006, na Conferência Estadual de Cultura. Essa semana o segmento de Artes Cênicas aqui do estado conseguiu reunir mais de 25 artistas pra discutirem questões de interesse coletivo. Sabemos que a maioria dos artistas não se interessam por discussões políticas, pelo menos aqui, mas o fato é que eles estavam lá. O que muito me preocupa são os infiltrados. A raça desgraçada dos que se intitulam artistas, mas no fundo são apenas peças de uma situação nojenta que insiste em minar os movimentos sociais. Eles estão na RBTR detonando a articulação nacional e estão também aqui no estado. Por aqui, a coisa é descarada. Se vestem de cordeiro, mas na verdade são cobras. Apoiam a iniciativa da maioria, publicamente, mas por fora detonam toda a articulação e fazem de tudo pra manterem a situação no poder. A briga é feia. Mas não vou desistir. Faz tempo que entendi que a minha posição política, o meu interesse pelo coletivo, que as vezes parece até utopia pra alguns, interfere diretamente no meu teatro. Não tenho mais como não me envolver. Já tô por demais envolvido. Vou continuar batendo de frente com aqueles que não querem acabar com esse mecanismo engessado da cultura no estado, os que recebem grandes salários pra se omitirem de qualquer discussão política que favoreça a maioria desfavorecida, ou pior, os que recebem muita grana pra desviarem a atenção das discussões importantes dentro deste coletivo, aqueles que se anulam atrás das mesas do governo e prefeitura, os cargos comissionados que não fazem nada pela cultura no nosso estado. Enquanto isso, o estado não deposita a verba da Lei de Fomento, que já foi aprovada faz tempo, indica um nome absurdo pra Conselheiro de Cultura sem a legitimação da classe artística, distribui Pontos de Cultura que ainda nem existem, e por aí vai... é triste ver artistas do meu segmento com cifrões estampados na cara, se oferecendo por muito pouco. E as pessoas ainda tem a cara-de-pau de falarem em história. Que fulano tem história, que beltrano faz arte há 30 anos. Me desculpem, mas caguei pra essa história que tanto tentam me enfiar goela abaixo. Faz tempo que deixei de ver as coisas, hoje eu enxergo. E ainda dizem por aí que eu é que sou o irresponsável, o maluco, o bêbado e por aí vai...






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