sábado, 27 de fevereiro de 2010

DIAS MELHORES VIRÃO...

Esses dias fiz um crítica construtiva ao Fórum de Cultura de Roraima. É só dar uma olhada em alguns posts abaixo. Essa semana surgiu um novo grupo de teatro no estado de Roraima, Cia. do Pé Torto. Não sei, mas me parece que não é só a Cia. do Lavrado que não tá satisfeita com a configuração que se encontra, hoje, a cultura do estado de Roraima. Dias melhores virão... Vamos pagar pra ver!




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CIA. DO PÉ TORTO

Depois de tanto relatar péssimas notícias sobre a organização teatral no estado de Roraima, é com o maior prazer que comunico a criação de um novo grupo aqui no estado. Essa semana nasceu a Cia. do Pé Torto. Um grupo de teatro formado por amigos de verdade, alguns discidentes de outro grupo local, que cansados da mesma mesmice e falta de perspectivas, resolveram montar um novo grupo de teatro. Os caras estão com o maior gás e prometem que seu espetáculo de estréia será de rua. Vitória para o teatro de Roraima, vitória para o teatro de rua, vitória para toda a população do estado. A turma envolvida é do melhor naipe, Baronso Lucena, Cora Rufino, Francisco Alves e Vito Souza. Podem botar fé nessa reunião, que com certeza daí renderá bons frutos. Ganhamos todos, não é verdade? Vida longa à Cia. do Pé Torto. Com esse nome, vocês acham que os caras vieram só pra dar um tempo? Duvido...



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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

UMA CRÍTICA CONSTRUTIVA AO FÓRUM DE CULTURA DE RORAIMA



A criação do Fórum de Cultura de Roraima, em 2009, abriu um precedente para que os artistas sonhassem com a possibilidade de integração entre os segmentos que promovem cultura no estado e em conseqüência disso, fortalecidos, seria possível iniciar a tão sonhada mudança no panorama caótico em que se encontra a cultura no estado de Roraima.

Durante anos de ausência de políticas públicas que realmente trouxessem benefício para toda a classe artística e população, infelizmente, ainda não será dessa vez que a cultura conseguirá levantar a sua voz aqui no estado. O instrumento criado para discutir melhorias e fomentar, sempre através do diálogo e ações pontuais de intervenção coletiva, não tem sido eficaz até o presente momento. A direção tomada até agora pune aqueles que desejam transformar de verdade, cala as vozes dos que buscam através do questionamento partir para outra direção, uma que beneficie a todos. Sugere regras que ferem completamente com a liberdade de expressão, tão discutida na época da criação do Fórum de Cultura de Roraima e para piorar demais a situação, os gestores tomaram conta completamente das discussões.

As mudanças necessárias para que a cultura reviva por aqui deve partir dos artistas e da população interessada na real transformação do caos, que há anos assola o estado. Jamais a reunião de artistas e gestores em um mesmo Fórum de Cultura trará benefícios para os artistas. Os gestores conseguiram reunir um imenso número de artistas em um mesmo grupo, o que fica muito mais fácil de anular qualquer possibilidade de conflito sadio, que possa gerar a sonhada mudança na cultura do estado. O dia-a-dia nos mostra isso. Por diversas vezes, individualmente, entramos em conflito com os gestores, que tentam de todo modo invalidar nossas justificativas de mudança, que nunca discutem ou avaliam de fato os nossos questionamentos, e que sempre nos apresentam soluções que apenas favoreçam à eles, ou ao poder que representam.

Uma pena que boa parte da classe artística ainda não percebeu o real interesse da criação deste Fórum. Uma pena, que alguns ainda estejam embebidos na ideia de que com a criação da Secretaria de Cultura a nossa situação irá melhorar. Se tiver o mesmo perfil do Fórum, hoje, não vai. Haverá apenas mudança de poder. Os artistas continuarão pendurados com as cordas pelos braços, cotovelos, cabeças, e balançando na direção que mais agrade aos gestores deste estado. Suas ideias de manifestações e reivindicações serão sempre caladas com discursos sofistas, que estarão nas vozes de outros artistas, o que é proposital e com a intenção de confundir e afastar as melhores ideias. Alguns artistas manterão a esmola que recebem em troca de sua apatia diante de tal realidade, esmola que recebem para proferirem discursos de que agora as coisas mudaram. O que muito nos lembra o País das Maravilhas de Alice ou o mundo de Poliana. Outros farão de tudo, já fazem, para se sentirem dentro da situação, mas infelizmente, a cultura no estado de Roraima continuará a ver navios.

Ainda tenho esperança de que um dia acordarei deste pesadelo, de que um dia a cultura seja relevante de fato para a formação de um estado novo, com maiores chances para todos. Continuo a sonhar alto. Estou com aqueles que desejam tanto a mudança e que de alguma forma através de suas ações artísticas individuais já deram início ao caminho contrário às ideias, ou ausência delas, fomentadas dentro do Fórum. Acredito, que apesar dessa louca trajetória, de tanta história para boi dormir, a classe artística do estado de Roraima ressuscite das cinzas, pois assim como nossas vidas, a morte já estava prevista desde o dia da criação.




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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MAIS UM PASSO...

Hoje, pela manhã, foi realizada a primeira reunião da nova coordenação do Centro de Cidadania Nós Existimos. Começamos com um delicioso cafá da manhã, com muitos sucos, frutas, cuscuz e a tradicional média (pão caseiro e um café quentinho). Em seguida, passamos aos informes, atualizamos algumas informações, que mais tarde poderão ser encontradas no site. Fizemos o calendário de reuniões mensais da coordenação e o trimenstral com as Entidades Promotoras. Iniciamos o planejamento com o Projeto de Microcrédito, no qual vários pequenos empreendedores recebem verba para tocarem suas iniciativas. Marcamos reuniões com todos os grupos que fazem parte deste empreendimento. Tem muita coisa pra acertar e muita gente querendo fazer parte desta iniciativa. A parte da comunicação, outra frente do Nós Existimos, também foi discutida. O site será atualizado, o Jornal Vira-Volta voltará em breve com a sua circulação normal e ainda temos que tocar o Projeto de Formação, ou seja, temos muitas responsabilidades pela frente. É isso. A reunião foi produtiva. Foi dado mais um passo...



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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

FIM DOS TEMPOS




por todo o mundo estranhas aparições nos confundem
humanos relatam figuras esquisitas demais
corpos bípedes
pêlos exagerados
nada parecido com criaturas terrenas
quem sabe outras dimensões estejam a nos visitar
passeiam curiosos pelos campos
confirmam a tragédia com data marcada...





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SANTA BETH


Com mais de 250 moradores em um mesmo prédio, dava para encontrarmos de tudo por ali. No 2º andar, apartamento 207, morava Hélio, um coroa separado. Vivia só. Ou pelo menos assim ficava na maioria das horas dos dias, mas de tempos em tempos, a sua casa sempre tinha muita gente. Ele promovia jogos de cartas, sempre regados a muito uísque e meninas novinhas. Não se sabe até hoje se eram menores, mas naquela época a pedofilia não estava tão denunciada como hoje em dia. Os moleques do cabeça adoravam o velho. Gente boa demais. Toda terça rolava a jogatina e a moçada já sabia disso. Ficavam todos próximos de sua porta fingindo conversar, mas na verdade todo mundo esperava o baralho usado na terça anterior. A parada era estilo profissional e valia muita grana. Ele nunca usava o baralho duas noites. Enquanto a turma toda morria em diversas vaquinhas para comprarem uma bola nova ou um baralho melhor, o coroa comprava um novo toda semana. Ele poderia jogar fora o baralho usado e tranquilamente jogar com um novo, mas sempre presenteava a molecada do cabeça. Fazia questão disso. Talvez uma moeda de suborno, não sei. Mas o fato é que funcionava. Era permitido falar mal de qualquer um, menos do velho do 2º andar. Numa noite de terça de 1989, os meninos aguardavam ansiosos por mais um baralho. Conversavam asneiras pelo corredor, quebravam algumas lâmpadas com o tradicional jogo de bola no coco e fumavam alguns cigarros escondidos dentro da lixeira do prédio. Um pouco antes do horário de chegada do velho, a porta do cabeça se abriu e os meninos ficaram espertos, em silêncio, tentando reconhecer os passos que se aproximavam. De repente, perceberam que se tratavam de sapatos femininos. Relaxaram. O contato do salto alto ao chão foi chegando mais próximo, o cheiro que vinha lá de baixo era maravilhoso. Todos os moleques ficaram apreensivos. Foi quando surgiu uma figura linda, sustentada por pernas enormes e grossas, um cabelo comprido e loiro, da cor do sol e uns peitos de dar inveja a muita vaca leiteira. A moçada ficou paralisada com o decote. Os olhos caíram ao chão, todo mundo apenas acompanhava aquele sonho, enfeitiçados por aquele sorriso espontâneo e de comercial de pasta de dente. Uma figura somente vista nas páginas de revistas de mulher nua que tanto eles usavam em suas diversas punhetas diárias. Um verdadeiro Concord. Ela tocou a campainha do 207, logo depois de mandar a bomba do boa noite para eles. A molecada ficou sem palavras. Tony Esotérico, que era o mais velho do grupo e que tinha perdido a virgindade em um puteiro no Centro da Cidade, já conseguia manjar uma puta de longe. Ele era um cara estranho, e sem muitas chances de se dar bem com as meninas no dia-a-dia, e por isso não perdia tempo. Ele preferia pagar uma puta bem gostosa, ao invés de levar taca na cara. Naquela época, ele já enchia o saco com essa história de fim do mundo, e dizia que se os outros esperassem demais, iriam morrer com menos de cinco xotas nas costas. Foi o único que teve a coragem de abrir a boca.
- ele não chegou ainda...disse o mais velho.
- sério? Mas ele combinou comigo...ela respondeu cheia de veneno na fala.
- quem é você? É filha dele? Falou Tony Esotérico. Ela gaguejou. Olhou certeira para os meninos babões, uns com as mãos para frente do corpo, escondendo a empolgação, outros com o olhar fixo em seus peitões. Em seguida, deu uma risada, colocou o indicador na boca e respondeu com uma voz de vítima .
- sim, sim, é meu papaizinho. A moçada só faltou gritar. Foi um coça daqui, se ajeita de lá. E a menina curtindo demais a situação. Naquele dia, o papaizinho dela havia cancelado o jogo semanal. Ela não sabia disso. E nem eles. O coroa havia viajado para São Paulo. Tinha negócios urgentes na Terra da Garoa. A gostosa das pernas imensas alimentou a conversa. Tony Esotérico, mais feio do que um cão chupando manga, mas com uma lábia nervosa de afiada, inventou uma conversa qualquer para segurar a gata. Ele sabia a língua das prostitutas e aproveitou sua experiência no diálogo. E tudo indicava que a filha do velho, na verdade, era uma puta de luxo, dessas que fazem faculdade, moram com os pais, que ainda tem noivos com data marcada para o casamento, mas vivem uma vida dupla sem que ninguém saiba a fonte de seus rendimentos. Para todos os fins, Beth, a puta, era promotora de uma empresa de gêneros alimentícios. E ninguém tinha dúvida de que ela vendia comida. E das boas. Depois de meia hora de conversa, e sem esperanças da chegada de seu papaizinho, ela resolveu que não iria perder a viagem. Ela não era dessas que ficavam na esquina, nada disso, Beth era alto nível, mas também sabia o momento certo de baixar a guarda, ainda mais com a imagem de suas contas vencidas na porta da geladeira. Ela olhou para os olhos arregalados daqueles meninos tarados e pensou que poderia sair dali com algum nas mãos. Estava decidida a não perder a viagem. Conversa vai, conversa vem, ela começou a provocar os garotos. O mais novo ali tinha 15 anos, Xandinho, um gordinho com dentes podres e a boca com cheiro de esgoto. E ainda virgem. O mais velho, Tony Esotérico, tinha 19, mas aparentava 30 com aquela cabeça calva e cheio de cabelos pelo corpo. Beth aqueceu o papo. Puxou assunto sobre namoradas, mandou alguns falsos elogios aos meninos e assim a conversa desenrolou com a maior tranqüilidade. Os garotos, que antes estavam intimidados com a imagem daquele avião monumental, depois de um tempinho de lorotas já até acreditavam no interesse dela por eles. E a conversa ficou mais quente. Ela, já sentada no chão, e com a calcinha à mostra, sabia que poderia conseguir tudo que quisesse com os moleques tarados do cabeça. Ela deixou a conversa chegar a tal ponto em que Xandinho, o mais novo e mais abusado levantou a hipótese dela ensinar à eles alguma tática certa para que eles pudessem conquistar uma gata como ela. A isca foi lançada e os peixes já brigavam para morder o anzol. A profissional não vacilou, fez a proposta indecente, que fez os meninos até tossirem de nervoso. Um sonho impossível estava prestes a ser realizado. Nunca eles puderam imaginar que teriam algum contato físico em suas vidas com uma dama daquele naipe. Beth era descolada e como toda puta, não tinha o menor senso de perdão. Prometeu uma mamada em cada um dos cinco meninos. Isso se eles lhe pagassem R$ 50,00 cada um. Ela estava acostumada a ganhar R$ 1.000,00 com o papaizinho, mas tinha que dormir com ele e aturar todo aquele bafo de alho que impregnava todo o quarto. Nesse caso, ela iria faturar ¼ e apenas com mamadas, que ela tinha a certeza de que não demoraria mais do que 1 minuto em cada uma. Talvez o mais velho desse um pouco mais de trabalho, mas ela sabia muito bem o que fazer para acelerar o processo do gozo. Estava decidida em não perder a viagem. Foi um corre-corre para dentro de suas casas. Os moleques não tinham nenhum tostão. Alguns reviraram a carteira de seus pais, que já dormiam àquela hora. Outros trouxeram o cofre. E ela foi logo avisando que não aceitava moeda.
- Nada disso, meus docinhos, o cofrinho tá fechado...Falou na maior sedução possível. Foi um desespero geral. Outra correria e no final das contas todo mundo roubou o dinheiro de seus pais. Ela entrou na lixeira com Xandinho, que não levou nem 30 segundos para gozar. E contando com o tempo em que ficou atrapalhado para abaixar o short. Os outros não passaram muito disso. Tony Esotérico, o mais velho, brochou, mas teve que pagar assim mesmo. Ela despediu-se dos jovens e saiu do prédio antes da meia-noite. Os meninos não voltaram para as suas casas. Passaram a noite no corredor tentando descrever o que acontecera ali. Foi um festival de vantagens. Não queriam dormir e dar fim a noite incrível e inesquecível que tiveram. Coitado do mais velho, que sofreu nas mãos dos mais novos. O caso da Santa Beth, como ficou conhecida a história no bairro, virou lenda, pois ninguém, até hoje, acredita que aquilo tenha acontecido de verdade.






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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

É PICA!



- ei, minha gata, não bota esse mindinho aí não...
- ah...pára com isso, tá nessa?
não... é que nunca fiz isso, sabe?
- qual o problema? sempre tem a primeira vez...
- porra nenhuma, vai que eu me apaixono pelo teu dedo?
- e daí?
- e daí nada, quando eu não tiver o teu dedo vou acabar indo atrás de outros e se não encontrar outros, com certeza vou querer substituir por qualquer coisa
e ai é pica!






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FINADOS




- esperava uma noite romântica no nosso aniversário...
- o que foi que você não entendeu da notícia da morte de meu pai?




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DIA-A-DIA...



- quando é que você vai consertar a pia?
- tô vendo isso...
- e a luz da garagem... e a do banheiro social... não dá mais pra ficarmos no escuro...
- tô vendo isso também...
- e essa descarga arrebentada, vai tá legal amanhã?
- não sei...mas tô de olho, meu amor... tô sentindo na pele igual a você...
- porra nenhuma! faz tempo que essas merdinhas estão assim...você tem o horário mais flexível...
- sim, tenho o horário mais flexível, mas no teu trabalho você não tem a mesma pressão que eu tenho...coloca duas de você cobrando no teu trabalho que eu tenho certeza que você pede arrêgo. vai passar a vomitar a comida depois do almoço...
- cansei das tuas desculpas fajutas...
-legal, vamos resolver isso amanhã no cartório?
- não tô falando disso...
- sei, mas pra mim já deu, meu amor...
- pera aí, eu só tô te cobrando pra você melhorar...
- quem foi que te disse que eu quero melhorar?
- eu te amo...
- quem foi que te disse que sinto o contrário? faz parte da vida, meu amor...





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TESÃO DE MIJO



ela acordou na pilha
ele ainda de ressaca
ela revirou o lençol
ele ainda revirado pela cama
ela achou sua pica
dura de mijo
e apertou legal...
ele gritoooou!
um grito frouxo e preguiçoso
acostumado aos apertões matinais
ele levantou sem se espreguiçar
foi ao banheiro
mijou o tudo do ontem
voltou pra cama
procurou as outras pernas pelo lençol
assustou-se com os roncos
virou pro lado e tocou uma baita de uma punheta
sempre com as bundas perdidas em sua memória





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A BRUXA TÁ SOLTA NA CULTURA...CUIDADO!



e os ratos entraram
estão vestidos com suas máscaras de cordeiros de Deus
sofistas com cifrões estampados nos olhos da cara-de-pau
suas ideias convergem para os seus bolsos lotados de Eu
se olharmos atentos às suas obras
perceberemos que nunca poderão nos fazer mau






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NOTÍCIAS DE ABSURDÓPOLIS




EXTRA! EXTRA! EXTRA!


NOTÍCIAS QUENTINHAS DO EXTREMO NORTE DE ABSURDÓPOLIS!


GESTORES DÃO MAIS UMA TRAULETADA NA CARA DOS ARTISTAS


SERÁ QUE AGORA ELES VÃO FICAR MAIS PIANINHO?



EXTRA! EXTRA! EXTRA!


SERÁ QUE ESSE POVO NÃO PERCEBE QUE A MISTURA DE ARTISTAS COM GESTORES JAMAIS CONSEGUIRÁ RESULTADOS FAVORÁVEIS AOS ARTISTAS?



VAMOS PAGAR PARA VER, MEU POVO!

E O ROUND CONTINUA...





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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

NOVA DIRETORIA DO NÓS EXISTIMOS


Na tarde desta quinta-feira, 18/02/10, foi realizada a Assembléia Geral do Centro de Cidadania Nós Existimos, tendo como única pauta a eleição da nova diretoria. O Nós Existimos é uma associação civil sem fins lucrativos e, através de ações sociais, culturais, informativas e econômicas, objetiva o fortalecimento da consciência de cidadania do povo, seja esse habitante das áreas urbanas, rurais ou indígenas.

Entidades Promotoras:
CESC - Centro Educacional e Social da Consolata
CMDH - Centro de Migração e Direitos Humanos
Cia. do Lavrado - Cultura e Arte-educação
CIR - Conselho Indígena de Roraima
Diocese de Roraima
IRMC - Instituto Religioso dos Missionários da Consolata
Locômbia Teatro de Andanzas
Missionários da Consolata
MMC - Movimento das Mulheres Camponesas
MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
PJ - Pastoral da Juventude
Pastoral Indigenista
RECID - Rede de Educação Cidadã
Sindicato dos Bancários
SINTRAIMA - Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima

Diretoria do Centro de Cidadania Nós Existimos (2010/2012):
Coordenador - Marcelo Perez (Cia. do Lavrado - Cultura e Arte-educação)
Vice-Coordenador - Maria do Socorro Ribeiro da Silva (MMC - Movimento de Mulheres Camponesas)
Secretária - Nadja Rejane dos Santos (MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)
Tesoureira - Maria Lídia Ribeiro Vasconcelos (RECID - Rede de Educação Cidadã)


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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

ANIVERSÁRIO DA CIA. DO LAVRADO


Em 2010 a Cia. do Lavrado comemora cinco anos de existência. Estamos revisitando a nossa história. Para esse ano, vamos lançar um DVD de registro das nossas experiências até 2010. Montaremos uma nova versão para o espetáculo A Farsa do Advogado Pathelin, que foi apresentado em 2006. Continuaremos com o projeto Absurdópolis, que nos perdoe Aristófanes, montagem de 2009 e no segundo semestre montaremos o espetáculo Apenas um Blues e uma Parede Pichada, de Marcelo Perez. Essas são as nossa metas para esse ano de comemoração, a princípio. A Cia. do Lavrado é uma companhia de teatro do estado de Roraima e que tem sede no município de Boa Vista. Ela surgiu em 2005, e de lá pra cá já realizamos cinco espetáculos, O Pastelão e a Torta (2005/2006 - autor desconhecido), A Farsa do Advogado Pathelin (2006/2009 - autor desconhecido e adaptação de Marcelo Perez e Graziela Camilo), A Retrete ou a Latrina (2008 - autor desconhecido), Homens, Santos e Desertores (2008 - Mário Bortolotto) e Absurdópolis, que nos perdoe Aristófanes (2009 - livre adaptação da obra Lisístrata, de Aristófanes. Adaptado por Marcelo Perez e Graziela Camilo, com argumento da Cia. do Lavrado). Fizemos, também, duas leituras dramatizadas, O Visitante (2008), de Hilda Hilst e Another Day (2007), de Mário Bortolotto e mais três textos curtos encenados dentro do nosso projeto de prevenção às DST/AIDS, Por que a gente é assim? (2005/2006), Positivo. E a vida Continua (2006), Quem disse que a decisão deve ser dele? (2007/2008/2009), todos de Marcelo Perez. Nesse período, participamos da Mostra Macuxi de Artes, promovida pelo SESC de Roraima, nos anos de 2005, 2006, 2007; da 2ª edição do Festival de Teatro da Amazônia, Manaus/AM (2006 - indicação de melhor ator e atriz); das duas edições do Festival de Teatro de Rua Amazônia Encena na Rua (2008 e 2009); do YAMIX, Mostra de Artes Universitária / RR e tiramos em 1º lugar nas duas edições (2008 e 2009). Vamos comemorar conosco? Então, se prepare para a festa de junho!




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A REVOLTA DO 3º ANDAR


Quando junho aproximava-se, o cabeça entrava em festa. Pelo menos o último andar. A molecada do 4º corria pela vizinhança para arrecadar alguns trocados. Nessa época, os andares pareciam que não faziam parte do mesmo prédio. Quem morava no último nem pensava em pedir dinheiro para quem morava nos outros andares. Os do 3º não tinham recursos suficientes para fazerem uma festa somente eles. E nem tinham a manha de pedir pela vizinhança. Não eram bem-vindos pelos de cima e isso é o que os incomodava demais. A turma do 2º não ligava para tal data. Eram na sua maioria adultos e não estavam nem aí para a comemoração dos santos. Todos os anos era a mesma exclusão. Até o dia do grande evento, o povo de cima havia arrecadado uma boa quantia para a culminância junina. Os intermediários não tinham a menor ideia do que poderiam fazer. Não saía da cabeça deles o interesse em participar do São João animado do 4º andar. Era a coqueluche do momento, como diziam à época. Tudo arranjado. A quadrilha ensaiada. As comidas garantidas e com muita fartura. O andar completamente enfeitado, repleto de bandeirinhas de diversas cores, pequenos balões coloridos traziam prêmios escondidos em suas buchas, ninguém poderia duvidar de que ali haveria uma festa sem fim. Na escada que dava para o último andar havia uma mesa bloqueando a passagem. E Simone, uma figura gorda, imensa, com a cara lotada de espinhas, e que morava no prédio desde que nascera, estava ali para barrar a entrada dos indesejáveis. O não, sem dúvida alguma, não perturbava mais do que sua aparência escrota e com cara de poucas amizades. A turma do 3º foi para o fundo do seu corredor e ali iniciaram uma pequena assembléia. Estavam revoltados com a postura dos de cima. Todo o ano era a mesma coisa. Quem morava embaixo não podia nem chegar perto da escada. Chupeta morava no 3º. Era um garoto como outro qualquer, se não fossem os seus imensos dentes projetados para fora da boca, dava inveja aos piores roedores dos esgotos locais. E mesmo fazendo parte da minoria rejeitada não era um cara de muitos amigos por ali. Mas estava no meio da reunião. Chegou meia hora depois e já com o discurso pronto. Dizia que aquele ano deveria ser o último que os do 3º sofreriam tal sanção. Mesmo chegando depois e já encontrando a turma toda derrotada e com ares de que mais um ano passaria em branco, conseguiu inflamar alguns com seu plano de ocupação do 4º andar. Não achava possível que todos os anos eles passassem por tamanha humilhação. D. Carmem, mãe de uma das meninas presentes na assembléia, chegou pelas beiradas e ouviu a tudo bem atenta. Tentou de todos os jeitos desarticular o plano do Chupeta, mas ele foi mais arisco, - a maioria de nós somos proprietários de nossos apartamentos nesse prédio, não é mesmo? A maioria concordou. – então, como é que esse povo lá de cima pode impedir que a gente, proprietária de nossos imóveis e moradores há anos daqui não podemos circular pelo prédio todo? Foi um tumulto geral. Uns questionaram a opinião do menino, outros concordaram e até urraram gritos de guerra. Mas não teve jeito, A Revolta do 3º andar já estava anunciada. Branquinho, moleque franzino, nojento demais por nunca limpar a cachoeira de catarro que sempre descia do seu nariz, e que vivia cagando nas calças e espalhando os restos da merda pelas paredes do prédio, foi até a sua casa e pegou um martelo de bater carne. Voltou gritando como um verdadeiro Thor. Anunciou a revolta para quem quisesse ouvir. Para ele, todos deveriam se armar e invadir o andar de cima sem o menor perdão. Em sua mente insana de seus 12 anos de idade, todos deveriam confiscar as comidas, pegar as meninas pelos braços e dançarem a quadrilha do jeito deles. Não parava de repetir com os lábios lotados de um cuspe branquinho, - vamos confiscar geral! D. Carmem tentou acalmar os ânimos alterados, mas foi em vão. A correria começou. Cada membro da assembléia, meninos e meninas, foram às suas casas e voltaram com tábuas de bater carne, alicates de unha, alguns traziam um lápis de ponta bem fina nas mãos e até furadeiras apareceram por lá. Nada mais poderia evitar a invasão. Na hora da quadrilha, o momento principal da festa, às oito da noite, momento em que todos estavam distraídos e sentados a observarem a dança escrota, os moradores do 3º tomaram de assalto o andar de cima. A primeira vítima foi Simone, a espinhenta levou uma pancada na cabeça com um ralador de verduras e caiu para o lado ensangüentada e não parou mais de gritar, - estão invadindo! estão invadindo! Em seguida, o primeiro par da dança foi arrastado a pauladas de rolo de amassar macarrão para o canto do corredor. E o caos foi instaurado. Os adultos do 2º, a maioria mulheres, ouviram o massacre e subiram para o andar do terror. Já chegaram percebendo a situação e não perdoaram ninguém. Engrossaram o caldo quente e vermelho do massacre com tapas, mordidas e muitos puxões de cabelo nos adultos do 4ºandar. Depois de meia hora de guerra, a festa continuou. Os moradores do andar egoísta e excludente serviram aos outros moradores de baixo todos os seus aperitivos e pratos principais. Realizaram um desfile dos ex-combatentes, detonados e completamente humilhados diante de seus rivais oprimidos. No outro ano, o cabeça fez a maior festa do bairro. E nem mesmo o mais sujo mendigo ficou de fora. As portas estavam abertas para sempre. E o grito de guerra da molecada do 3º ecoa nos ouvidos dos moradores do cabeça até hoje, - Anarriê!




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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SALDO POSITIVO


Tati, Renan, Gleyce e Renatão
Foto: Marcelo Perez


hoje, antes do carnababy da Larisse, passei um dia maravilhoso no Aquamak. muita água e descanso geral e lógico, algumas caipivodkas nervosas. foi tudo tranquilo (poderia ter sido melhor se o dono do espaço tivesse deixado um pouco de lado o tal do chiclete com banana, encheu o saco! foi uma overdose...), sem muita exagero, até mesmo porque na volta a polícia rodoviária federal tava em cima. pegamos a estrada de volta e sem excessos, chegamos na paz. é sempre bom demais estar na presença de amigos e dessa vez foi o Renatão, a Gleyce e o filhote deles, o Renan, de um ano. saldo positivo pro sábado de carnaval.




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domingo, 14 de fevereiro de 2010

CARNABABY E PATHELIN REPAGINADO GERAL

Tati, Larisse (a que engoliu uma melancia), Adnéia, João e eu
FOTO: Ladijane, a poetisa



então, meus amigos, o mais próximo que cheguei do carnaval nesse ano foi no chá de bebê da minha amiga Larisse. O carnababy foi foda de bom! foi hoje, e todo mundo tava fantasiado. eu e a Tati improvisamos nossas fantasias e entramos na festa com tudo. que turma bacana, uma família maravilhosa que a Larisse tem, não faltou nada. eu fui de palhaço futurista e a Tati de duende futurista. foi divertido demais! parabéns pra futura mamãe, que em breve terá sua menina, e com certeza será saudável e do bem. é isso, o mais próximo do carnaval foi essa big festa, com muita alegria, marchinhas deliciosas e aquela bera bem gelada. agora é só relaxar, que no dia 22 começam os trabalhos da nova montagem do espetáculo A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN, que terá adaptação de texto e uma cara completamente regional. vamos rodar todos os municípios do estado de Roraima. pela primeira vez um grupo de teatro aqui do estado visitará todos os municípios. vamos em frente! sempre.




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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

TURISMO CULTURAL EM BRASÍLIA

Como já disse por aqui, a Cia. do Lavrado resolveu se afastar das articulações estaduais. Desde os tempos da FETEARR - Federação de Teatro de Roraima, que funcionava na época em que a Cia. do Lavrado estava lá dentro (e é verdade, depois da nossa saída a Federação despencou e nunca mais fez nada, simplesmente morreu!) esbarramos na desgraçada oposição aqui no estado. Quando fizemos a reunião de eleição da primeira diretoria, em 2007, naquele mesmo dia foi formada um oposição fuderosa. Nesse período, percebemos que nem todo mundo que tá dentro do Movimento tá afim, de verdade, que o Movimento vá pra frente. Tem muita gente que se infiltra justamente pra detonar qualquer iniciativa bacana e que possa beneficiar o coletivo. E assim foi. Tentamos de todos os jeitos mobilizar todos os artistas de teatro daqui pra buscarmos junto aos poderes público e privado local melhores condições de trabalho, mais investimento no teatro, valorização dos artistas locais e muito mais. O fato é que sempre tinha um grupo de pessoas medrosas e que faziam de tudo para não irem de frente à esses poderes. Todas com o rabo preso. E hoje mais preso ainda, pois vários estão com seus salariozinhos de merda no fim do mês, prêmio fajuto por terem vendido o teatro aqui do estado de Roraima. Eu dei essa volta toda pra dizer que tô indignado e muito envergonhado com o tal do Cortejo Cultural (usam a desculpa de que será em prol da reforma do Teatro Carlos Gomes, da Casa da Cultura e da Escola de Música) e o pedido para a Secretaria de Educação que os artistas do Fórum de (gestores) Cultura de Roraima planejam fazer para SOLICITAREM PASSAGENS PARA OS DELEGADOS ELEITOS. Olha, não é o fato de reivindicar que me deixa puto, o lance é que o povo só se junta pra pedir alguma coisa que irá beneficiar diretamente e individualmente. Ninguém tá afim de reforma nenhuma, cai na real, cidadão! Veja bem, eu li a lista dos delegados e como tem turista. Como tem gente oportunista. Gente que nem é da área, mas tá lá eleito e agora todos querem VIAJAR...tá de sacanagem...eu tô envergonhado demais. Faz pouco tempo que cheguei a triste conclusão, a cultura no estado de Roraima está uma bosta e sem saída próxima por culpa dos artistas. Com certeza a culpa dessa baixaria que rola em Roraima é toda dos artistas. Enquanto eles não se tocarem que podem muito mais do que pedirem passagens pra fazer turismo em Brasília, aí sim, talvez as coisas mudem no cenário local. E para todos. Por enquanto, a piada tá na cara e o pior é que nem eles conseguem perceber isso.





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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DENTES PODRES, MEU AMIGO, SE LIGA!





Eu não entendo...
tem gente aqui em Roraima que tá na articulação nervosa
mas ainda se vestem com trapos
e os dentes continuam podres
não sei
o que será que eles fazem com tanto dinheiro sujo?






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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DELEGADOS DE RORAIMA

Tudo bem, a Cia. do Lavrado é oposição e isso nós já sabemos...e blá,blá, blá...blá,blá, blá... mas meu amigo, a coisa no estado de Roraima tá feia. Hoje, somente hoje, tivemos acesso a uma lista de delegados que viajarão para Brasília, para defenderem a cultuta do nosso estado e lógico, contribuírem com os outros delegados. Cara, é inacreditável, passando a vista na lista, praticamente 80% dos delegados não atuam na cultura do estado. Muitos outros, dentro dos 20%são vendidos, não estão nem aí pro coletivo. Agora, muito me impressiona a cara-de-pau dos artistas de teatro que formularam essa proposta:

INSTITUIR E GARANTIR 20% E DA PAUTA DE ESPAÇOS PUBLICOS CULTURAIS PARA APRESENTAÇÕES DE ARTE CÊNICAS ORIUNDA DE INTERCAMBIO A NIVEL REGIONAL; CAPACITAÇÃO PARA DIVERSAS ÁREAS DAS ARTES CÊNICAS COM OBJETIVO DE FORMAR MULTIPLICADORES, VISANDO A QUALIDADE DOS TRABALHOS; GARANTIR REFORMA E CONSTRUÇAO DE ESPAÇOS MULTICULTURAIS COM INFRA-ESTRUTURA ADEQUADA PARA APRESENTAÇÕES DE ARTES CÊNICAS.
Meu amigo, instituir e garantir 20% de quê? Capacitação? O estado deve R$ 200.000,00 para dez grupos culturais ligados à artes cênicas, para a realização de espetáculos, que também é uma forma de capacitação. Lembrando que um dos delegados é gestor público do estado (conversa pra boi dormir...) Faz mais de 01 ano que o estado não paga esse projeto... e já tá no Diário Oficial... a Cia. do Lavrado vai entrar com um processo no Ministério Público em breve.
Garantir de que jeito? O Teatro Carlos Gomes tá caindo aos pedaços, a Cia. do Lavrado, na época que estava na Federação de Teatro de Roraima fez de tudo para acelerar essa reforma e foi bola fora. Os caras não querem mudança, principalmente esses delegados... isso é uma sacanagem, vai ser viagem de turismo legal pra Brasília... o resto da lista, está recheada de delegados que nunca participaram da cultura do estado. Nomes que nunca vi nas articulações e realizações. Deve ter sido um festival de distribuição de postos... é uma merda isso aqui. Tomara que o MINC se toque dessa picaretagem que acontece no estado de Roraima. Não é possível que só a Cia. do Lavrado esteja ligada nessas pseudo-articulações...

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CANSEI...





cansei dos teus gritos teatrais
das suas invenções de orgasmos múltiplos
de tudo aquilo que você finge sentir
tô legal dos teus "foi bom pra mim" com cara de insatisfação





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domingo, 7 de fevereiro de 2010

SÓ ISSO




olha só, cara
não tô nem aí se você não vai com a minha cara
o fato é que você se perdeu no caminho
você decidiu abraçar o que não é justo...




VIVA A POLITICAGEM SAFADA!
mas não conte comigo pra festejar essa merda...






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APOSTE TUDO!





a vida é uma só, meu amigo
não fui eu quem inventou isso
em qualquer página maravilhosa da literatura universal
você vai ler alguma linha assim
ou algo parecido...
veja bem, se não deu certo hoje
e você precisa recuar
dar o braço a torcer
pra amanhã ser qualquer outro
menos indigente que hoje
diferente dessa merda que você encara no espelho
então, aposte!
tudo!
como se hoje fosse o seu último dia de vida






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MAIS UM MÊS...


Praia da Urca
dezembro / 2009


amanhã é o dia em que eu e minha esposa comemoramos nove anos e cinco meses

ela me arrastou lá pra Praia da Urca e me enrolou legal.

também, com aquela Lua maravilhosa, só podia dar em casamento...
tamo junto, Pequena...




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NOSSA HISTÓRIA - PARTE I

Naldo Manduh e Graziela Camilo
O Pastelão e a Torta - 2005
São João da Baliza / RR
Foto: Marcelo Perez






Vamos contar a nossa história. O Pastelão e a Torta. texto de autor desconhecido e que a Cia. do Lavrado montou em 2005. foi o nosso primeiro trabalho. o elenco era formado por Graziela Camilo, Cora Rufino, Kléber Medeiros e Naldo Manduh. fizemos temporada no Teatro Carlos Gomes, teatro do estado e que hoje tá desativado. completamente abandonado. foi muito bacana. a cabine de som tava caindo aos pedaços. a saída de emergência interditada. implorava por uma ação de emergência urgente! e ainda bem que não caiu na época. ainda bem que nunca caiu. mas tá pelas beiradas. o único teatro do estado e fechado. temos o espaço do SESC, que é bacana e coisa e tal, mas teatro mesmo, não temos. depois fizemos temporada no Espaço Multicultural do SESC - Centro. quase não tivemos público. mas fizemos toda a temporada. teve um dia em que fizemos espetáculo pra um público de três pessoas, incluindo uma criança, eu acho. o elenco era bem maior. mas conseguimos pagar o investimento de R$ 600,00. investimentos dos próprios integrantes do grupo e ainda sobrou algum pras pizzas dos fins de semana. o processo de trabalho desse espetáculo nos mostrou que era possível irmos mais adiante. mesmo sem grana. ainda levamos esse espetáculo pras ruas de Boa Vista, bem no finalzinho de temporada, mas que nos apresentou um novo espaço de apresentação e que estava abandonado pelo poder público e pelos demais grupos do estado. O Pastelão foi montado em cima de uma experiência de clown que tive no Rio de Janeiro, com a Ana Luisa Cardoso, ex-Maria das Graças/RJ. tudo que aprendi com ela, no Rio, dividi com o elenco. trabalhamos com o nariz vermelho e a interpretação tava em cima do clown. as brincadeiras eram clownescas. os ensaios, além da montagem, foram todos os dias oficinas de clown. e aproveitamos demais. nessa época começamos os estudos sobre as Farsas Medievais. muito pouco, mas demos início e nos apaixonamos pelo processo de trabalho, tanto que mais tarde investimos em uma trilogia farsesca, com mais A Farsa do Advogado Pathelin (2006) e A Retrete ou a Latrina (2008), os dois com prêmios de montagem pela FUNARTE. lemos muitas coisas, outras peças, vimos gravuras inspiradas na época, filmes, foi um processo intenso e de bastante evolução. uma amiga nossa, a artista plástica Vera Aparecida fez o cenário. o Márcio Sergino, hoje gestor, fez a sonoplastia. era assim que chamávamos na época. conseguimos vários apoios, inclusive do estado de Roraima, que nos deu os folders. conseguimos comida, lanche para os ensaios, e pizza pra depois dos espetáculos. nos divertimos demais. como sempre! no outro ano, conseguimos o Prêmio Myriam Muniz de Teatro, na sua primeira edição. e montamos A Farsa do Advogado Pethelin, mas isso é uma outra história...


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RODA DA FORTUNA




a roda da fortuna não sossega
estamos subindo...
sem pressa e sem embalos desonestos
daqui a pouco teremos a visão lá do alto


inteira




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NOSSOS PRÓXIMOS PASSOS

Graziela Camilo
Foto: Michele Saraiva
II Festival de Teatro de Rua Amazônia Encena na Rua
Porto Velho/RO - 2009




começamos ontem as gravações dos depoimentos para o DVD de comemoração de cinco anos da Cia. do Lavrado. gravamos com dois ex-integrantes. foi muito bacana. legal observar a nossa história no decorer dos depoimentos deles. marcamos pela manhã com a Cora Rufino, lá na sede da gente (só pra registrar, a Corita tá cantando horrores, aguardem...agora ela é SOMERO) gravamos na escadaria, na entrada. colocamos um refletor na entrada, para iluminá-la e colocamos outro, amarelo, lá dentro para iluminar o corredor. ficou massa! Corita falou bastante. ela tem muita história pra contar, afinal de contas, fundou a Cia. do Lavrado e participou em todos os projetos nos três primeiros anos. depois fomos pra a casa do Francisco Alves, que integrou o grupo por, sei lá, acho que uns dois anos. participou de três trabalhos com a gente e contribuiu bastante para o nosso crescimento. gravamos dentro da sua sala, um fundo lotado de livros, o Francisco é o cara das Letras, um poeta de mão cheia. ficou ótimo também. depois trocamos uma ideia. é isso. as coisas estão acontecendo aos poucos. essa semana tem leitura do texto Apenas um Blues e uma Parede Pichada, texto meu, e que teve projeto aprovado pela FUNARTE em 2008, na edição do estímulo à Dramaturgia. na sequência vamos iniciar os trabalhos de adaptação do texto A Farsa do Advogado Pathelin, que foi aprovado na suplência do Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2009 e que terá estréia ainda nesse primeiro semestre. montamos esse texto em 2006, com recursos da FUNARTE, fizemos mais de 15 apresentações em diversas praças de Boa Vista, em bairros em que a população nem sabia direito o que era teatro, pois nenhum grupo havia levado teatro pra lá. e também em São João da Baliza, além de participarmos do Festival de Teatro da Amazônia, na edição de 2006. e agora vamos dar outra cara pra esse espetáculo. a proposta é visitarmos todos os municípios do estado de Roraima, uma continuação do nosso processo de formação de platéia aqui no estado. estamos fazendo. esses são os nossos passos.




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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

VAMOS?






vamos deixar os trocados no balcão
vamos fugir sem pistas
invadir o banheiro fedido e sincero
perfeito mesmo só a força do nosso tesão




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BULLING



(rapaz quase chorando...)
- porra, cara, vou te falar um negócio, quando eu era mais jovem, na época da escola, sofri pra caralho!
- sério?
- pode acreditar, a molecada me detonava sempre. eu era excluído direto, acredita que todo dia na hora do lanche, quando eu bebia o meu copo de leite eu sempre encontrava no fundo do copo um chiclete mastigado?
- porra!
- tô te falando, meus tempos de escola eu não tenho muitas histórias boas pra contar...
- tá legal, mas me conta aí uma coisa bem ruim que aconteceu com você naquela época...
- tá de putaria comigo, não é?



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DVD DA CIA. DO LAVRADO

ontem começamos a produção do DVD da Cia. do Lavrado. São cinco anos. vamos reunir o material em vídeo, foto, imagens e depoimentos dos amigos. não temos grana, não temos câmera profissional, mas temos o imenso desejo de registrar parte da nossa história. nem sei quantas horas nós já temos. será o primeiro. no peito e na raça. com muito amor. temos consciência da nossa trajetória, da importância que temos aqui no estado. importância não para os outros artistas, até mesmo porque somos excluídos aqui. o povo não vai mesmo com a nossa cara. são poucos. importância para o público, que nos legitima e nos reconhece por aqui. somos competentes no que nos propomos a fazer. mesmo com todos os erros. falamos e fazemos, meu amigo. não contamos história pra boi dormir. não divulgamos o que não realizamos. e muito menos vamos à Brasília fazer propaganda enganosa. é isso aí, temos a língua afiada sim, porque acreditamos. vamos produzir um DVD bem legal. com a nossa cara. com o tamanho dos nossos bolsos. com o coração de todos nós. vida longa!




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EU QUERIA TER UMA BOMBA, UM FLIT PARALISANTE QUALQUER...

hoje eu consigo compreender melhor e até aceitar o fato de que o estado de Roraima está completamente isolado de tudo e de todos, no que diz respeito à área cultural. Principalmente o teatro. olha, quando eu fiz escola de teatro no Rio de Janeiro eu aprendi com um dos diretores, que o legal mesmo é sempre que for possível eu procurar fazer teatro com pessoas bacanas. pessoas em quem eu confio no trabalho e que gostam de mim. não dá pra fazer teatro com gente mau caráter. e aqui tá cheio de gente assim, quer dizer, dentro das poucas possibilidades, por incrível que pareça, estamos recheados de artistas incompetentes, invejosos, engessados e que não tem amor pela arte. sério, de verdade, falta mais amor. o panorama é esse. gente que já tá aqui faz 30 anos e nunca fez nada pelo teatro. são inimigos do teatro mesmo. gente que já tá aqui, sei lá, uns 15 anos e se rebaixam a empregados dos que tem 30 por uns míseros trocados. uma humilhação. e gente que tem pouquíssimo tempo e que nunca teve voz, nunca deu opinião de nada em favor da mudança também estão lá, querendo de qualquer jeito um pedaço de um bolo estragado. ainda assim eu alimento esperanças de uma guerra nuclear. uma bomba que faça desaparecer o véu da ignorância da frente de alguns. dos mais puros, os que estão contaminados e nem percebem o risco. como dizia o poeta, eu queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer... não é uma visão pessimista minha, longe disso, continuo fazendo a minha parte, produzindo um próximo espetáculo. sempre com o pensamento no coletivo, hoje, muito mais no público. torço de verdade que o turismo seja produtivo em Brasília. mas tem um pensamento que martela a minha cabeça a todo momento, - esses caras tão num poço de merda sem fim... mas a Roda da Fortuna, que já falei dela por aqui, não pára de girar. mais cedo ou mais tarde o joio será separado do trigo. quando falamos de arte, isso é inevitável. não acham? vamos trabalhar, produzir e aguardar...

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