terça-feira, 31 de agosto de 2010

BEM LONGE DE MIM

o negócio é o seguinte, tem dias que simplesmente não dá. nem fudendo. sério, tem dias que as costas estão pesadas demais. que as cobranças da vida são quase fantásticas. como dizem por aí, tô no inferno astral. faço aniversário 10/09 e até que tá um paraíso e isso é que me assusta. será que esse paraíso que penso estar vivendo é a porra do inferno camuflado? é, porque muitas vezes as minhas certezas são a maior decepção. não sei...sou muito desconfiado. o bom é inimigo do melhor, já dizia alguém que se estrepou legal por esse mundo fast food e que se achando o tal, dividiu...isso é outra merda. outro dia tava conversando com amigos sobre campanha política. falávamos sobre os candidatos à Presidência da República. alguém disse, acho que foi a Kelly, que o médico mata na hora e que o professor mata paulatinamente...vai aos poucos exterminando o seu aluno. lógico que ela não falava de todos os professores, mas fiquei com isso na cabeça até hoje. trabalho na eduação desde 2000. dou aulas de teatro faz 10 anos. e creio que ela estava certa. hoje ouvi um educador, ou melhor, um cara que se acha educador, incitar um grupo de idosos contra um grupo de jovens. olha, depois o povo diz que ninguém respeita os idosos, mas é claro! se o cara que desempenha o papel de educador não respeita nem um pouco um outro educador, que trabalha com jovens, que faz o mesmo trabalho que ele, então devo admitir que minha amiga tá certíssima. esse cara tá fudendo com tudo. ele se coloca numa posição de disputa e o que acontece é que a situação deveria ser completamente outra. nós, educadores, não devemos disputar uns com os outros, quem dá a melhor aula, quem segura por mais tempo o seu público...nada disso, temos que trabalhar de forma coletiva, igual ao teatro, solidariedade... mas ele não pensa assim. não fez teatro, com certeza não fez. é um boçal. que DEUS o tenha...bem longe de mim!







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SOBRE A ESTRÉIA

Marcelo Perez e Graziela Camilo
Foto: Tatiana Sodré


A Cia. do Lavrado está bem perto de colocar na rua seu novo espetáculo, A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS, que é uma adaptação do texto A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN. Montamos esse projeto com recursos da FUNARTE, via Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2009 (suplência). Pela primeira vez no estado de Roraima um grupo de teatro apresentará o mesmo espetáculo em todos os 15 municípios. Estamos animados e felizes com esta conquista, que é de todos. Já era um desejo antigo visitarmos todos os municípios, se aqui em Boa Vista tem muita gente que nunca viu teatro, imaginem no interior do estado...a parada é séria, esse negócio de acesso é muito complicado. Muita gente diz que todo mundo tem acesso, mas não é verdade. A população do interior tem acesso a cultura local, produzida por lá, mas o que é realizado em Boa Vista capital, nem sempre ou nunca chega nos municípios. Um ou outro. Quando elaboramos o projeto sabíamos da ousadia, pois para chegarmos em todos os municípios é barra pesada. Tem muita estrada ruim, tem lugares que a ponte quebrou, o vendaval da semana passada detonou alguns acessos, enfim, estamos quebrando cabeça para darmos conta de todas as apresentações. A estréia está prevista para o município de Mucajaí, dia 07/09. No dia 10/09 viajaremos para São João da Baliza, dia 11/09 para Rorainópolis e no dia 12/09 em Iracema, esses três municípios temos a parceria do SESC, que possui unidades do SESC LER. na sequência temos 18/09 em Amajari e esperamos confirmação para 19/09 em Pacaraima, fronteira com a Venezuela. E assim vamos, firmando parcerias conseguiremos chegar em todos os municípios. Em Boa Vista não temos data marcada. Vamos viajar primeiro e depois apresentaremos por aqui. É isso. Estamos fazendo a nossa parte, cumprindo com nosso compromisso. Acho que já falei isso por aqui, O PROMETIDO É DEVIDO. Este projeto conta com a parceria do RESTAURANTE TULIPA, um dos melhores da cidade e que sempre está envolvido com parcerias culturais, os caras tem consciência de sua responsabilidades social. Isso é bacana, ver empresários defendendo a cultura aqui no estado. Bom, vamos em frente que atrás vem um monte, mas um monte gente...








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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EMPREGADAS

Cilene trabalhava como empregada no Cabeça. Era uma menina de 18 anos, corpo avantajado demais para a época, olhos verdes, que contrastavam com a sua pele morena e tinha uns cabelos de causar inveja em qualquer sereia deliciosa desses mares fantásticos. Era o pitéu dos porteiros do bairro. Morava na Favela da Varginha, lugar miserável, dominado pelo tráfico de drogas, mas local de muitos moradores do bem. A Varginha, como era conhecida, beirava a linha do trem no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela, a menina, não tinha concluído o 1º grau. Filha de família pobre, que sempre impedia que a filha terminasse seu ano letivo. E como todo ano acumulava a reprovação, era obrigada pelo padrasto a trabalhar em várias residências. No fim do mês, o salário tinha endereço certo. Depois de entregar todo o valor nas mãos do macho de sua mãe, contentava-se com apenas uns trocados que ele deixava para ela. Com o dinheiro, e vaidosa como era, ela investia nas revistinhas da Avon, que outra Negritoempregada, que trabalhava no mesmo prédio que ela, vendia para a vizinhança local. Sobrava pouco, o suficiente para a cerveja e a pizza no rodízio do restaurante da moda do bairro de Bonsucesso, o núcleo da bomba. Ela trabalhava três vezes na semana na casa do gaúcho caminhoneiro. Ele era um sujeito tosco, beberrão, tinha uma cabeça amarela com pouquíssimos cabelos e era fã doente dos Beatles. A aparência era uma contradição... Vivia na estrada. A maior parte do ano ficava fora de casa. Transportava grãos e devido a importância da carga lhe sobravam poucos meses com a famíliaItálico. Sua mulher, Aparecida, uma gostosona de meia idade, desfilava pelo bairro com seus decotes invocados e suas calças coladas ao corpo. Era uma devassa. Nos meses em que o Gaúcho ficava fora, ela sempre comia uns rapazes do bairro. Questionada pelas vizinhas fofoqueiras, dizia que eram seus sobrinhos, principalmente quando levava mais de dois para o seu apartamento. Fazia a festa. Eram noites regadas a vinho, presente do marido, e muita sacanagem pelas madrugadas. O casal tinha dois filhos. Marquinhos Mijão e Roberto das Melecas. O Marquinhos, quando estava com vontade de mijar, nunca conseguia se segurar e mijava pelos corredores do prédio. Mijava na cama também. Todas as manhãs. E o Roberto vivia com o nariz entupido e cheio de catarro. Morreu quatro anos depois de overdose de cocaína. Sempre com os dedos fazendo a limpa no salão. Eram gêmeos, de 13 anos. Adoravam Cilene. Não só porque era uma baita de uma gostosa, e naquela idade já sentiam muito tesão, mesmo sem muita maldade na cara, mas também porque ela os tratava como irmãos. Paulinho, um gordinho safado de 17 anos, estudante do último ano do Colégio Pedro II, colecionador de revistas pornográficas, e que tinha a mania de roubar as revistas de sacanagem da casa de seus amigos e também das bancas de jornal, sempre movido ao impulso corajosos, mandou uma letra invocada para Aparecida. Ela fingiu que não ouviu, mas sacou a intenção do adolescente. Nesse dia, tudo ficou na mesma. No outro dia, Aparecida chegou da ginástica às nove da noite. Paulinho batia o tapete de seu apartamento na lixeira do corredor. Foi o convocado pela família para dar uma geral no cafofo. A coroa cheia de intenções cavernosas, parou na porta de seu apartamento e limpou o sapato no tapete, de um jeito todo sedutor, levantou a perna para trás, empinou a bunda e gemeu diante da falsa dificuldade encontrada. Paulinho tremeu na base e disse, - tá precisando de uma mãozinha?
- se você puder...ela respondeu com uma cara de quem estava muito afim de enterrar a bola na cesta com tudo. Ele foi em sua direção, segurou a perna dela, passou as mãos na sola de seu sapato e não bobeou, acariciou o bundão da Aparecida. Entraram no apartamento dela como dois bichos no cio, ela atropelou o rapaz. Ele, nem sabia o que fazer direito diante daquele tufão sexual. O gaúcho caminhoneiro havia perdido o serviço daquele fim de semana. A carga que ele deveria pegar no Centro da Cidade, havia sido assaltada na Avenida Brasil e com isso, o cara da cabeça amarela e calva estava sem serviço. Ele voltou para a casa abatido, duro e completamente desolado, louco por um agrado matrimonial, afinal de contas, com o dinheiro que ganharia naquele serviço iria pagar o psicólogo para o seu filho mijão. Subiu as escadas do prédio, cabisbaixo. Pegou o corredor, certo de que encontraria refúgio entre as pernas gostosas de sua mulher. Deu de cara com a patroa numa tremenda gravação... o cara sacou uma faca da cintura e fez picadinho dos dois amantes surpreendidos. Em seguida, ferveu água e preparou um chá de camomila. Bebeu direto sem esperar esfriar. Sacou a faca, ainda suja do sangue de sua mulher e do canalha e enterrou no meio de seu peito. Nem mesmo suspirou...







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TOCA DE CAPIVARA TATU CAMINHA DENTRO?

caraio... tem vezes que penso que vou abortar a missão. olha, não vivo uma vida regrada de acordo com a sociedade. não trampo de 8h às 18h sacou? meu horário é ao contário. enquanto muitos dormem eu tô cada vez mais ligado. acordado. trabalhando. tô com 40 e a menos de 15 dias de completar 41. não sou mais uma criança, embora muitos ainda insistam em me tratar como tal na primeira impressão, e quando digo minha idade acontece duas coisas: primeiro, o cara fica puto porque eu tô bem melhor do que ele, sei lá, não pareço mesmo ter 40. e depois, ele fica mais puto porque com essa cara de mais jovem ele não consegue segurar na elegância a minha insatisfação. foda-se! caguei! tô em Roraima desde 2005 e NUNCA me meti em parada errada. não sou santo, não...longe disso...sou um bom filho da puta, eu sei...mas tem muita gente pior por aí. quer saber? toca de capivara tatu caminha dentro? é isso, não dá pra perder o bom humor... esses estressados é que tão muito fudidos... botamos um portão elétrico aqui em casa. tava na hora, certo? o cara que me vendeu pensa que sou trouxa. olha, eu saco a parada. não nasci ontem...já tentei dar nó em pingo d'água e confesso que me fudi legal, mas me enrolar? não tenho todas as manhas, mas saco algumas paradas no ar... sou desconfiado e sofro da síndrome da desconfiança...sim, sou extremamente paranóico...e isso até me atrapalha. então, pra vocês que não respeitam uma figura tranquila...com uma cara jovial (kkk)...vão tomar bem no olho e de jeito...sem gel lubrificante...e com muita areia, porque suas vidas estão na beira do abismo. vocês perderam, mas nem sabem ainda. vocês não tem a menor chance de nada, mas pensam que estão na crista da onda...que pena...o tombo vai ser dolorido demais. e eu vou tá lá...olhando...platéia silenciosa...pronto pra te ajudar quando você gritar que não aguenta mais a porrada da vida. é isso. não sou o salvador...não sou o santo...mas me ligo no próximo. ah! não tenho religião...falou?




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CARTA ANÔNIMA

olha, não me deixe mais recados sem sentido. não se preocupe mais com tantas considerações completamente sem fundamentos. veja bem, minha fala não tem nada de acadêmica, é que as suas colocações me parecem demais com as de minhas professoras acomodadas. não dá mais pra esperar até meia-noite. não dá mais pra esperar até o outro dia... a fila anda...sabe? e eu não tô nem aí pra história, pro passado e pra tudo aquilo que hoje já não é mais. vamos comer uma lasanha de carne?





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WWW.PRODOCENCIA.UFRR.BR

começou hoje o Seminário de Práticas Docentes na UFRR. tô com uma oficina por lá. jogos teatrais como ferramenta pedagógica. a oficina foi muito bacana, um público diversificado, de história, química, letras e licenciatura intercultural (indígena). olha, é muito legal trocar conhecimentos. deixei claro pra eles que estava ali, também, pra aprender. foi divertido e acredito que eles curtiram bastante. amanhã será o segundo dia e a oficina já tá pronta. até sexta, vamos experimentar vários jogos teatrais que podem ser utilizados em sala de aula. amanhã tiro umas fotos e posto aqui.



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R$ 20.000,00

o negócio é o seguinte: o estado nos deve R$ 20.000,00 e isso é fato. tá publicado no diário oficial do estado de Roraima desde o dia 07/07/2009. o edital, que foi publicado no diário oficial do estado no dia 24/09/2009, diz que assim que sair a publicação do resultado no diário oficial, que como disse anteriormente, já saiu, eles devem nos pagar. só que até agora nada! hoje fui lá. recebi um documento solicitando o cronograma de trabalho, diz o chefe de lá que só falta isso. mas na boa, acho que é conversa fiada. tô louco pra processar o estado, mesmo recebendo este documento, amanhã vou na defensoria pública e no ministério público. vou ver quais são as possibilidades. isso é uma vergonha, eles não vão pagar e tão querendo se livrar do processo antes da eleição. vou dar um jeito, quer dizer, se tiver um jeito, a Cia. do Lavrado vai meter no pau. mais respeito, não é?



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NO PROCESSO...


Marcelo Perez, Graziela camilo, Renildo Araújo e Kleber Medeiros
Foto: Adilson Brilhante

Bom, estamos na reta final. Ensaiamos este último fim de semana lá na beira do Rio Branco. Em frente de nossa sede. O público, como sempre, aparece e dá um tempo. O ensaio continua, paramos, reclamamos uns com outros, acertamos tempos, e o público fica lá, fiel. Aproveitamos para testarmos algumas intervenções com eles, e muitas funcionam. É uma satisfação. Esse negócio de ensaiar na rua é bom demais. Ainda não temos a perna-de-pau, quer dizer, temos várias, de madeira, mas são pesadas. Compramos uma de alumínio na esperança de ser mais leve. A última cena, a do julgamento, a juíza entra de perna-de-pau. A arrumação toda da sonoplastia funcionou. Conseguimos resolver vários problemas. Não tínhamos um suporte pro prato, e a Grazi fez. Não tínhamos um suporte para a caixa, e eu resgatei um banquinho de pescador da minha casa. Tudo se encaixa e só falta mesmo a estréia. Essa semana vamos ensaiar na quarta, quinta e na sexta, às 22h. e no sábado ou domingo pretendemos estrear. Nem sabemos qual o município, mas sabemos que vamos estrear. As estradas por aqui estão péssimas, mas vamos dar conta das apresentações no prazo sugerido. Agora, tem grupo aqui que aprovou Myriam Muniz na suplência de 2009 e não estamos nem ouvindo rumores de apresentação e nem de ensaio. Enfim, vamos fiscalizar! Se não fizerem as apresentações, vamos chegar junto. É dinheiro público. É nosso! Agradecimentos ao nosso cordelista carioca Edmilson Santini, que nos presenteou com algumas frases nos cordéis e também a Tatiana Sodré, que tá sempre ligada na parada...Aleluia, irmãos!



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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

CORDEL DE ENCERRAMENTO



(música)
Tu é doido! Que loucura!
E quem não entendeu, perdeu!
Isso vale um trocadinho
Não importa quem venceu
Coloque a mão na carteira
E mande pra cá o meu!

Nós não cobramos ingresso
Mas o chapéu é tradição
Que vem de tempos antigos
Seguindo a evolução
Você gostou do que viu?
Então pague meu irmão!

Música, várias vezes, os atores passam o chapéu.




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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CANDIDATO MEDÍOCRE E SEM TALENTO NENHUM. SIMPLESMENTE UM FILME QUEIMADO...

olha, essa história de gestor me paralisa. conheci poucos na cultura que realmente estão engajados no processo da diversidade. essa semana olhei na cara de um outro gestor e não vi nada. sabe aquela sensação de invisibilidade? então, parecia que eu estava conversando com um ser invisível. mais uma vez falo, o salário deve ser muito, mas muito maravilhoso...o pior é que penso que não é. a discussão passa pelo campo do status. das menininhas que ele come, que joga na cara direto da mulher dele como se fosse a coisa mais esperta do mundo. que vida mais medíocre... sempre me pergunto: como é que esses caras conseguem deitar na cama e ter um sono tranquilo? é um pesadelo, não é mesmo? faço parte do Fórum de Cultura de Roraima e ultimamente tenho visto a maior propaganda de um fulano pra vaga de Secretário de Cultura. não sei, mas me parece que os artistas nem percebem a sua esperteza. o cara é aristocrata, já imaginou o que vai fazer se for secretário de cultura do estado de Roraima? vamos chover no molhado. se esse filme for igual aos outros que ele produz...já viu a merda que vai dar...






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ARTISTA OU ARTISTA?

outro dia troquei uma ideia com um cara que é artista e que agora desempenha a função de gestor. muito triste olhar pra ele e ver que, nesse momento, ele não tem identidade nem de artista e nem de gestor. não senti firmeza, sabe? não consegui identificá-lo. o seu discurso tá confuso. o salário deve ser muito bom, mas saí de lá me perguntando, será que esse salário compensa a ausência de identidade? será que ele está satisfeito? não sei... é muito complicado. as pessoas, às vezes, tomam decisões que julgam achar importantes, mas depois percebem a merda em que se meteram. nesse caso, não acho que a ficha tenha caído pra esse artista, tendo em vista o tempo que ele já tá na secretaria de educação. uma pena. perdemos todos. perdemos um diretor, um artista, um cara criativo e ganhamos exatamente nada, pois até agora ele não fez nada. é um nada naquele emaranhado de complicações burocráticas e políticas que o impedem de trabalhar. mas o salário deve compensar, não é mesmo? na verdade, penso que o cara não tem aquele incômodo de todo artista. se o tivesse, já teria pulado fora faz tempo e estaria criando a torto e à direita. mas sempre existe o pulo do gato. vamos torcer que o cara desperte e emende nesse pulo decisivo. de outro jeito, os cabelos brancos vão continuar a crescer em ritmo acelerado...na verdade, essa vida é uma puta de uma merda, não é mesmo? olha só pro que fazemos pra nos sentirmos felizes, ou melhor, pra pensarmos que nos sentimos felizes...é foda, meu brother...é foda bem fudida mesmo! viva os defuntos, que estão livres de toda decepção!!! com certeza o nascimento é a maior das tragédias.






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CORDEL DE ABERTURA

Então, esse é o Cordel da Abertura. Bom, não sou cordelista, mas digo que foi uma delícia pesquisar essa linguagem. Tá bem divertido...somos artistas e nos apropriamos de várias linguagens. Enfim, o poeta é um fingidor...não é Pessoa?



(Marcelo)

Meu queridíssimo Público!

Somos a Cia. do Lavrado

Nosso Teatro é de Rua...

Serei breve no recado

Quem nunca viu chegue perto

Não vamos tirar pedaço



Somos amigos bem próximos

Da capital do estado

Praticamente família

Pelejando lado a lado...

Trouxemos uma história

Contaremos em um ato



Música: Seu pescador...(2x)

(Grazi)

A saga do advogado

Que diante da dureza

Bolou plano infalível

Pra ter o peixe na mesa

Pegou a esposa de cúmplice

E lhe fez grande surpresa



Mas a vida não perdoa

Ladrão que rouba ladrão

Nem sempre nessas histórias

Tem cem anos de perdão

O prometido é devido

Vamos ver quem tem razão



Música: Seu pescador...(2x)



(Renildo)

Chega de conversa mole

Pra encurtar a abertura

Conheçam os personagens

Cada qual uma figura

Um mais esperto que o outro

Cada cena uma loucura



Deste lado, o Pororoca

Peixeiro pra lá de vivo

A cara boba engana...

Tem nada de esquisito

Tão esperto ou muito mais

Que o pobre irmão já morrido



Música: Seu pescador...(2x)



(Kléber)

E bem do seu lado oposto

O seu humilde empregado

O Teobaldo da Costa

Coitadinho... indignado

No limite da miséria

Roubou as cabras do coitado



Pra distrair os olhares

Peço palmas para a dama

Muita calma nessa hora

Essa também não engana

Dona Gyslaine, a esposa

Que de fome só reclama



Música: Seu pescador...(2x)

(Marcelo)

Mas que enredo complicado

É advogado, peixeiro

Coitado do empregado...

Uma dama que é vespeiro

Ainda tem a juíza

Palmas! Povo baderneiro...



Deixemos para depois

A persona principal

O que dá título à peça

Que sujeito bem legal

Ê... Janderlei Silva e Santos... (Renildo, Grazi e Kléber)

Julguem! Mas só no final



Um ótimo espetáculo!



Música: Seu pescador...(2x)

Entra o acordeon.

Cena I


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CORDEL DO JULGAMENTO

Esse é o Cordel do Julgamento, que abre a cena final do novo espetáculo da Cia. do Lavrado - A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS.

Vocês merecem um prêmio!
Pra quem ficou até agora
Nem pensem mais em fugir
Suspense pra grande hora (entra bumbo na marcação)
Indo ao compasso da rima
Muito em breve darão o fora!

Mas aguardem um instante
O desfecho é genial
Teremos brigas, tumultos
Juíza e perna-de-pau
Cuidado com as crianças!
Coro come no final

Chegamos ao julgamento
A decisão da justiça
O clímax do espetáculo
Quem se julga bom de briga?
Calma! É tudo mentirinha...
Cuidado com a juíza!

(Entra a juíza)





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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

BOAS NOVAS

Fala, meu povo! Estamos bem... a Cia. do Lavrado continua firme e sempre em produção permanente. O tempo é que é cruel. Muito trabalho e ainda mais com essa internet de merda que temos aqui no estado...é brabo, pra não dizer que é foda postar algo no site. Enfim, remontamos A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN, que teve montagem em 2006, com recursos da FUNARTE. Mudamos o título, agora é A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS. A história é a mesma, mas deixamos de lado a Idade Média e nos localizamos nos dias de hoje.
Bom, este ano completamos cinco anos de existência e temos a plena certeza que ainda não temos uma linguagem definida no grupo. O espetáculo de estréia foi O PASTELÃO E A TORTA, que trabalhamos em cima da linguagem do clown. Fizemos uma ótima temporada. Na sequência, foi A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN, nosso primeiro prêmio de incentivo pela FUNARTE. Montamos o espetáculo em cima da Commedia Dell’Arte , com direito a máscaras e tudo o mais. Depois veio A RETRETE OU A LATRINA, também com recursos da FUNARTE, e dessa vez trouxemos o espetáculo para a realidade da região em que vivemos. Este projeto fez uma homenagem ao brega. O Braga de antigamente, Sidney Magal, Waldik Soriano e muitos outros. Foi muito divertido. Depois montamos ABSURDÓPOLIS, QUE NOS PERDOE ARISTÓFANES. Foi a nossa primeira incursão na dramaturgia de rua. O texto desse espetáculo é da Cia. do Lavrado, eu e a Grazi o escrevemos, a partir de muitas experimentações com o grupo. Improvisávamos, gravávamos e depois partíamos para o computador. Foi bom demais. Levamos o 1º lugar no YAMIX, Mostra Universitária aqui do estado e conseguimos apresentá-lo em Porto Velho, RO, no Festival de Teatro de Rua Amazônia Encena na Rua, em 2009. Este projeto tá aprovado no edital de fomento do estado de Roraima de 2009, mas infelizmente até agora não saiu a verba. Outra vergonha! Vamos processar o estado na semana que vem. Quem sabe a verba sai depois da eleição. Tão pensando que somos trouxas... enfim, agora, estamos com espetáculo novo, A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS, que bebemos na fonte do circo, das mágicas e da literatura de cordel. Estamos bem. Felizes. E vamos partir pra dentro! É isso. Quem viver verá!







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ABERTURA DO ESPETÁCULO A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS

Seu pescador/me pesque devagar/eu sou rei do mar/eu sou rei do mar

Meu queridíssimo Público!
Somos a Cia. do Lavrado
Nosso Teatro é de Rua...
Serei breve no recado
Quem nunca viu chegue perto
Não vamos tirar pedaço

Somos amigos bem próximos
Da capital do estado
Praticamente família
Pelejando lado a lado...
Trouxemos uma história
Contaremos em um ato

Música: Seu pescador...(2x)

A saga do advogado
Que diante da dureza
Bolou plano infalível
Pra ter o peixe na mesa
Pegou a esposa de cúmplice
E lhe fez grande surpresa

Mas a vida não perdoa
Ladrão que rouba ladrão
Nem sempre nessas histórias
Tem cem anos de perdão
O prometido é devido
Vamos ver quem tem razão

Música: Seu pescador...(2x)

Chega de conversa mole
Pra encurtar a abertura
Conheçam os personagens
Cada qual uma figura
Um mais esperto que o outro
Cada cena uma loucura

Deste lado, o Pororoca
Peixeiro pra lá de vivo
A cara boba engana...
Tem nada de esquisito
Tão esperto ou muito mais
Que o pobre irmão já morrido

Música: Seu pescador...(2x)

E bem do seu lado oposto
O seu humilde empregado
O Teobaldo da Costa
Coitadinho... indignado
No limite da miséria
Pegou as cabras do coitado

Pra distrair os olhares
Peço palmas para a dama
Muita calma nessa hora
Essa também não engana
Dona Gyslaine, a esposa
Que de fome só reclama

Música: Seu pescador...(2x)

Mas que enredo complicado
É advogado, peixeiro
Coitado do empregado...
Uma dama que é vespeiro
Ainda tem a juíza
Palmas! Povo baderneiro...

Deixemos para depois
A persona principal
O que dá título à peça
Que sujeito bem legal
Ê... Janderlei Silva e Santos...
Julguem! Mas só no final

Um ótimo espetáculo!

Música: Seu pescador...(2x)








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terça-feira, 24 de agosto de 2010

ESTRÉIA


Marcelo Perez e Graziela Camilo
Sede da Cia. do Lavrado
Em frente ao Rio Branco
Foto: Tatiana Sodré


No dia 04/09 será a nossa estréia. A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS, Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2009 (suplência) já está pronta, quer dizer, ainda temos esse fim de semana de ensaio e mais dois dias no meio da outra semana e então iremos pras ruas. Ainda não confirmamos o município de estréia, aguardamos algumas confirmações, época de política é uma sacanagem... e ainda temos as péssimas condições das estradas. Tem município que não tem nem ponte para chegarmos lá. Vamos ver se conseguimos até outubro. Mas com certeza iremos iniciar a nossa tão esperada itinerância pelo estado de Roraima. Pela primeira vez um grupo de teatro irá visitar todos os municípios do estado. Isso é histórico! Esse projeto, como disse, é um desejo grande da Cia. do Lavrado. Infelizmente os municípios do estado de Roraima não conseguem usufruir de tudo o que acontece na capital. Então, vamos até lá! Os ensaios estão acontecendo em frente de nossa sede, no Centro, de cara para o Rio Branco e o povo tem parado para nos assistir. Ensaiar na rua é bom demais, nos dá uma intimidade com o nosso público que muitas vezes falta na estréia, quando ensaiamos apenas em espaço fechado. Esse espetáculo é uma conquista para a Cia. do Lavrado. Conseguimos reunir algumas linguagens que já estamos perseguindo faz tempo e outras que nunca havíamos experimentado e que agora tivemos a oportunidade. O nosso novo espetáculo de rua tem referências circenses, números de mágica e a dramaturgia bebe na literatura de cordel. A sonoplastia está mais madura e criativa e ousada, sempre. Não somos músicos e nem cantores, somos artistas de teatro. E abusamos dessa liberdade. Demos uma atenção maior para a nossa maquiagem. Pela primeira vez experimentamos de verdade a maquiagem. E estamos felizes com o resultado. Estamos loucos para invadir a praça. E em breve o faremos!




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I OFICINA LIVRE DE TEATRO

Então, tá tudo completamente desatualizado. Sei disso. É que o tempo tá muito corrido...muito trabalho...e ainda tem a internet lenta aqui no estado de Roraima. Uma vergonha! Tentei atualizar várias vezes, mas na hora de postar, a conexão cai. Enfim, conseguimos encerrar a nossa I OFICINA LIVRE DE TEATRO. Deu tudo certo. Tivemos um público muito bacana, uma moçada extremamente criativa e comprometida com a proposta. O encerramento foi no dia 17/07. Separamos algumas cenas e montamos uma apresentação bem bacana. Trabalhamos em cima de algumas cenas do Brecht. Vamos ver se pro fim do ano organizamos a II OFICINA LIVRE DE TEATRO.






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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

NOVAS HISTÓRIAS

então...desapareci daqui, certo? tô atolado de trabalho...as aulas da UFRR voltaram...vamos estreiar no fim do mês...nem o site da Cia. do Lavrado tá atualizado...tá simplesmente foda! A Farsa do Advogado Silva e Santos, que fazemos com recursos do Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2009 (suplência), e vamos cair na estrada, faremos todos os municípios do estado de Roraima, tá ocupando geral. É isso. A Cia. do Lavrado fez sua estréia com o espetáculo O Pastelão e a Torta, em 2005, que trazia a linguagem do clown...um início de ideia de pesquisa que tínhamos. Fizemos com nariz de palhaço. Cinco anos após, vamos voltar com os narizes, só que desta vez na maquiagem, mas tão palhaço quanto antes. O trabalho foi concebido às sombras do circo, da literatura de cordel e na cena do teatro de rua. E com muita música, sons, barulhos e notas que só fazem acrescentar em todo o processo de compreensão do espetáculo. Desta vez, somamos a importância de um processo real em cima da maquiagem, do uso e abuso do circo, da nossa pouca ou quase nenhuma intimidade com o cordel e muita vontade de presentear o público.




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