sexta-feira, 23 de abril de 2010

CIA. DO LAVRADO EM BRASÍLIA


Escola estadual Major Alcides / 2007

Saiu a lista dos trabalhos selecionados para a apresentação oral no VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids e o I Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais , que propõem debate sobre os caminhos a serem traçados para que se efetive o acesso universal à prevenção. O Brasil possui peculiaridades pela construção histórica da saúde como um direito, consolidado na existência de um sistema de saúde orientado pelos princípios da universalidade, equidade e integralidade. O evento acontecerá em junho, em Brasília. Dos cinco trabalhos selecionados no estado de Roraima para apresentação oral, dois são da Cia. do Lavrado. O Projeto Mulheres em Ação e o Projeto Uma Abordagem Diferenciada na Saúde (com teatro de bonecos). Agora vamos aguardar o resultado da solicitação de bolsas, pois ainda há a possibilidade de apresentarmos o espetáculo QUEM DISSE QUE A DECISÃO DEVE SER DELE?






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quarta-feira, 21 de abril de 2010

FUI, PARCEIRO...

olha, meu amigo, eu fui
percebeu?
não?
então deixa pra lá... é demais pra você a minha ascensão...





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sexta-feira, 16 de abril de 2010

I OFICINA LIVRE DE TEATRO CIA. DO LAVRADO


ABSURDÓPOLIS, QUE NOS PERDOE ARISTÓFANES
Renildo Araújo, Graziela Camilo e Adrya Mayara
Praça das Águas - Boa Vista / RR
Foto: Orib Ziedson



No mês de maio a Cia. do Lavrado inicia a sua I OFICINA LIVRE DE TEATRO, atividade que faz parte da comemoração dos cinco anos de sua existência no estado de Roraima. Além da oficina, o grupo realizará a leitura dramatizada do texto Apenas um Blues e uma Parede Pichada, de Marcelo Perez (Projeto contemplado com a Bolsa FUNARTE de Criação Artística – Dramaturgia / 2008), em maio; lançará um DVD de registro de sua trajetória, no mês de junho; e invadirá as ruas do estado com seu novo espetáculo A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS, Prêmio FUNARTE Myriam Muniz de Teatro 2009, em julho.

A oficina, destinada ao público adulto, será realizada no Centro de Cidadania Nós Existimos, do dia 15/05 ao dia 17/07, aos sábados, de 8h às 12h e tem como objetivo iniciar o participante ao jogo teatral, com a investigação do espaço cênico, a pesquisa do movimento corporal nesse espaço, a expressão vocal e rítmica do aluno-ator, além de contribuir com a qualificação profissional, e fomentar a criação de novos grupos no estado de Roraima.

O conteúdo das 40h de oficina inclui exercícios de expressão corporal, vocal, improvisação e interpretação teatral e, no encerramento das atividades, os participantes apresentarão cenas do resultado do trabalho, em grande festa aberta ao público.

Esta oficina conta com a parceria do Centro de Cidadania Nós Existimos.

CIA. DO LAVRADO
Rua Floriano Peixoto, 402 / B – Centro
(no prédio do Centro de Cidadania Nós Existimos, ao lado da Escola São José).

Reservas de vagas: 8118 – 6016 / 9138 – 9481
Investimento: R$ 80,00 ou 2 x R$ 40,00
www.ciadolavrado.com.br












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quinta-feira, 15 de abril de 2010

EMPREGADAS

Cilene trabalhava como empregada no cabeça. Era uma menina de 18 anos, corpo avantajado demais para a época, olhos verdes, que contrastavam com a sua pele morena e tinha uns cabelos de causar inveja em qualquer sereia deliciosa desses mares fantásticos. Era o pitéu dos porteiros do bairro. Morava na Favela da Varginha, lugar miserável, dominado pelo tráfico de drogas, mas local de muitos moradores do bem. A Varginha, como era conhecida, beirava a linha do trem no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela, a menina, não tinha concluído o 1º grau. Filha de família pobre, que sempre impedia que a filha terminasse seu ano letivo. E sempre reprovada, era obrigada pelo padrasto a trabalhar em várias residências. No fim do mês, o salário tinha endereço certo. Depois de entregar todo o valor nas mãos do homem de sua mãe, contentava-se com apenas uns trocados que ele deixava para ela. Com o dinheiro, e vaidosa como era, ela investia nas revistinhas da Avon, que outra empregada, que trabalhava no mesmo prédio que ela, vendia para a vizinhança local. Sobrava pouco, o suficiente para a cerveja e a pizza no rodízio do restaurante da moda do bairro de Bonsucesso, o núcleo da bomba, como diziam. Ela trabalhava três vezes na semana na casa do Gaúcho Caminhoneiro. Ele era um sujeito tosco, beberrão, tinha uma cabeça amarela com pouquíssimos cabelos e era fã doente dos Beatles. Vivia na estrada. A maior parte do ano ficava fora de casa. Transportava grãos e devido a importância da carga lhe sobravam poucos meses com a família. Sua mulher, Aparecida, uma gostosona de meia idade, desfilava pelo bairro com seus decotes invocados e suas calças coladas ao corpo. Era uma devassa. Nos meses em que o Gaúcho ficava fora, ela sempre comia uns rapazes pelo bairro. Questionada pelas vizinhas fofoqueiras, dizia que eram seus sobrinhos, principalmente quando levava mais de dois para o seu apartamento. Fazia a festa. Eram noites regadas a vinho, presente do marido, e muita sacanagem pelas madrugadas. O casal tinha dois filhos. Marquinhos Mijão e Roberto das Melecas. O Marquinhos, quando estava com vontade de mijar, nunca conseguia se segurar e mijava pelos corredores do prédio. Mijava na cama também. Todas as manhãs. E o Roberto vivia com o nariz entupido e cheio de catarro. Morreu quatro anos depois de overdose de cocaína. Sempre com os dedos fazendo a limpa no salão. Eram gêmeos, de 13 anos. Adoravam Cilene. Não só porque era uma baita de uma gostosa, e naquela idade já sentiam muito tesão, mesmo sem muita maldade na cara, mas também porque ela os tratava como irmãos. Paulinho, um gordinho safado de 17 anos, estudante do último ano do Colégio Pedro II, colecionador de revistas pornográficas, e que tinha a mania de roubar as revistas de sacanagem da casa de seus amigos e também das bancas de jornal, sempre movido ao impulso desenfreado de coragem fora de hora. Mandou uma letra invocada para Aparecida. Ela fingiu que não ouviu, mas sacou a intenção do adolescente. Nesse dia, tudo ficou na mesma. No outro dia, Aparecida chegou da ginástica às nove da noite. Paulinho batia o tapete de seu apartamento na lixeira do corredor. Foi convocado pela família para dar uma geral no cafofo. A coroa cheia de intenções cavernosas, parou na porta de seu apartamento e limpou o sapato no tapete, de um jeito todo sedutor, levantou a perna para trás, empinou a bunda e gemeu diante da falsa dificuldade encontrada. Paulinho ferveu na base e disse, - tá precisando de uma mãozinha?
- se você puder...ela respondeu com uma cara de quem estava muito afim de enterrar a bola na cesta com tudo. Ele foi em sua direção, segurou a perna dela, passou as mãos na sola de seu sapato e não bobeou, acariciou o bundão da Aparecida. Entraram no apartamento dela como dois bichos no cio, ela atropelou o rapaz. Ele, nem sabia o que fazer direito diante daquele tufão sexual. O Gaúcho Caminhoneiro havia perdido o serviço daquele fim de semana. A carga que ele deveria pegar no Centro da Cidade, havia sido assaltada na Avenida Brasil e com isso, o cara da cabeça amarela e calva estava sem serviço. Ele voltItálicoou para a casa abatido, duro e completamente desolado, afinal de contas, com o dinheiro que ganharia naquele serviço iria pagar o psicólogo para o seu filho mijão. Subiu as escadas do prédio cabisbaixo. Pegou o corredor, certo de que encontraria refúgio entre as pernas gostosas de sua mulher. Deu de cara com o Ricardo. O resto vocêd já devem imaginar...





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TÔ DE VOLTA!

Fala, meu povo! Tô afastado daqui, mas não sumi de vez, certo? É que a coisa enrolou legal. Muito trabalho, universidade, projeto de pesquisa, nem dá pra relatar agora. O lance é o seguinte, tô desde o dia 1º de abril sem atualizar o blog, mas não desisti. Então, agora que voltei ao meu horário da madrugada (voltei a escrever até às 3 da manhã), fiquem tranquilos que o blog será atualizado direto. Não deixem de me visitar. Tenho muitas novidades pra contar.
Abraços.




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quinta-feira, 1 de abril de 2010

ENSAIOS E LINGUAGEM

No dia 27/03, dia da comemoração do Teatro e do Circo, a Cia. do Lavrado iniciou mais um processo de montagem. Nosso novo espetáculo, A FARSA DO ADVOGADO SILVA E SANTOS (adaptação de A Farsa do Advogado Pathelin), que recebeu o Prêmio FUNARTE Myriam Muniz de Teatro/2009(suplência), ainda não tem data de estréia, mas sabemos que será no mês de julho, na Praça das Águas, em Boa Vista / Roraima. No sábado passado começamos a nossa preparação corporal, com a Keiko e em seguida discutimos sobre as questões abordadas no espetáculo. Assistimos um vídeo de um programa do Canal SESC, Teatro e Circunstância, que tratava do tema Teatro de Rua. Foi um ótimo ponto de partida para aprofundarmos nosso debate. A publicação RUARADA, dos Grupos Fabrincantes e Matulão de Assis, também têm contribuído muito para as nossas discussões. Fizemos uma retrospectiva da relação da Cia. do Lavrado com o espaço público, no último espetáculo ABSURDÓPOLIS, QUE NOS PERDOE ARISTÓFANES / 2009, e identificamos pontos positivos dentro de nossa abordagem e pontos problemáticos, que precisaremos trabalhar nesse processo de trabalho. Interessante perceber a nossa trajetória de grupo, e identificar o desenvolvimento de nossa linguagem, ou de nossos interesses discutidos dentro do grupo. Não sei, mas tenho sempre a impressão de que um dia as pessoas até identificarão uma linguagem peculiar da Cia. do Lavrado, mas acredito que mesmo assim, ainda estaremos sempre em busca de uma outra coisa, que nem sei ao certo se saberemos o que é.





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