quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NÃO TEM MOLEZA!



JOICE LEÓ
FOTO: ORIB ZIEDSON

No último fim de semana encerrou a temporada do espetáculo APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA. Pelo menos por enquanto, pois a meta é continuar com esse trabalho e realizar algumas apresentações no próximo ano. Nada de temporada longa. Pensamos em um fim de semana de dois em dois meses, algo assim, de acordo com a possibilidade de pauta. Vamos levar, também, para espaços alternativos, como o auditório de faculdades e escolas estaduais. Dá pra rolar. E para essa outra etapa de nosso projeto, modificamos o cenário. Os caixões foram substituídos por outras peças mais leves, que dão o mesmo sentido do cenário original, e com menos peso e apenas cinco peças no total. Essa nova proposta de cenário já havia sido planejada durante as últimas apresentações, pois desde o início tínhamos como meta levar esse trabalho para outros estados. Bom, estamos no caminho, fomos selecionados para participarmos da 8ª edição do FESTIVAL DE TEATRO DA AMAZÔNIA, que se realizará no período de 07 à 16/10, na cidade de Manaus/AM. A nossa apresentação será dia 13/10, às 20h. Esse será meu 2º texto apresentado em Manaus. Na 1ª edição do Festival de Teatro da Amazônia, em 2004, apresentei O ÚLTIMO DIA, no Teatro Gebes Medeiros. Guardo ótimas lembranças desse episódio. E agora, APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA, que é um outro drama. Bom, ouvi algumas pessoas dizerem que o povo não tá muito afim de assistir dramas. Que a vida já é um puta drama, essas coisas, mas olha, só lamento. Faço teatro. Sei que é foda produzir um trabalho com o maior cuidado, durante três meses e não ter público maior que 50 pessoas. Faz parte. Mesmo que seja doloroso, faz parte. Doloroso no sentido de perceber que Boa Vista ainda está muito loge de ser uma capital consumidora de arte. Que a cultura local é por demais direcionada às manifestações de grande massa. Bom, posso falar um monte aqui, mas o fato é que vamos continuar. Sempre. Vamos tentar manter nosso espetáculo em cartaz e vamos partir para outro projeto. É isso. Não tem nada de moleza nessa parada.



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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BARRADO NO BAILE

MEUS CACHORROS SÃO CRUEIS
FAZEM A MAIOR FESTA!
MAS QUANDO CHEGO PERTO DE SUA CASA
ROSNAM
A PARADA É PARTICULAR...
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IGNORANTES

TE GENTE QUE ME IGNORA.
COITADOS...
JÁ FAÇO ISSO FAZ HORAS!
TENHO A BRILHANTE CAPACIDADE DE ME DEIXAR
DE ME ESQUECER
DE ME PERMITIR DESAPARECER
SEM QUALQUER EXPLICAÇÃO
SEM QUALQUER COMPLEXO DE REJEIÇÃO
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ME SOBRAM


PÁGINA EM BRANCO MAIS FILHA DA PUTA!
RABISCO TUDO, DE REVOLTA.
MAS AINDA ME SOBRAM ESPAÇOS.

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W.O.

E A NOITE CHEGOU IMPLACÁVEL...
OS FANTASMAS ME ASSOMBRAM
POR TODOS OS LADOS
ACENDO UM CIGARRO, DE RAIVA
ODEIAM TABACO
EMPURRO OUTRO GOLE, NA MARRA
ODEIAM MEU BAFO
DETESTAM ME VENCER POR W.O.


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EXPOSTO A MORDIDAS FATAIS

MEUS CACHORROS ME AMAM.
ELES NEM SABEM...


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ACORDA!

AMIGO, É TUDO A MAIOR FALSIDADE!
AMIGO?
ACORDA...


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E AÌ?

AS PERGUNTAS SÃO MASSA!
MASSA QUE SUFOCA
MASSA QUE ENTERRA
MASSA QUE TRANSBORDA
E NÃO ME DEIXA ENTENDER
ABSOLUTAMENTE DE NADA


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OS DIAS PASSAM SEM ME CONSULTAR

ISSO É MAIS PRA MIM
NÃO TEM NADA COM AQUILO
OU COM OUTRA COISA QUALQUER
É ASSIM!


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VIVO

hoje eu precisava disso
com o detefon nas mãos
decido quem morre ou quem vive
vivo



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LIMITES


ah! como gosto de testar meus limites
no final das contas
sempre me encontro jogado no canto do quarto
parado, vencido, esquecido

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

FODA-SE

passo os dias empurrando alguns pensamentos insanos
quer dizer, aqueles que me revelam de fato
tudo que evito diante de outros
a parte mais sensata de mim
fujo como um cão vadio da carrocinha cruel
não quero virar sabão e não quero ter razão
foda-se!
simplesmente, foda-se!





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E O PROCESSO CONTINUA...




FOTO: ORIB ZIEDSON




Semana que vem é o último fim de semana da temporada de APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA. Pelo menos, por enquanto. Esse processo de trabalho tem sido muito gratificante. Olha, é o segundo drama que a Cia. do Lavrado apresenta em Boa Vista. Em seis anos de trabalho, esse é o terceiro espetáculo que fazemos em palco. O 1º foi O PASTELÃO E A TORTA, em 2005, uma farsa, espetáculo de estreia da Companhia. Em 2008, experimentamos um texto do dramaturgo Mário Bortolotto, de Londrina, HOMENS, SANTOS E DESERTORES. Fizemos na nossa sede, um espaço alternativo e depois no Teatro do SESC Mecejena. Foi massa. Na nossa sede, espaço para, no máximo, 40 pessoas, conseguimos manter um público interessante. Nos três últimos fins de semana era bem pouca gente. Se tratava de um drama. Bom, resolvemos fazer outro drama em 2011. É isso, estamos sempre nas ruas, com farsas, que são engraçadas e o público já está lá, e chegou o momento de investirmos em um novo drama. O público de teatro de palco em Boa Vista se mostra mais atraente para comédias, que falam de relações sexuais, paus e bucetas. E também para o teatro infantil, pois não temos nenhuma oferta para as crianças. Só o cinema. Agora, drama? Bem, Estamos em uma temporada de 12 apresentações e não tivemos o teatro por nem mesmo um dia cheio. Mas é o nosso papel. A formação de platéia é lenta. Um processo que não podemos muito contar com outros grupos aqui do estado, pois pouco produzem, principalmente depois dessa onda de Ponto de Cultura. Enfim, percebo que a bagaça por aqui não é nada fácil. Mas vamos em frente. Vamos nos concentrar no nosso crescimento como grupo e como indivíduos que atuam no grupo. Dei sorte de pegar um grupo nesse processo que tá muito afim de crescer. Todo fim de semana conseguimos ensaiar o espetáculo e trabalhar alterações, coisa muito difícil por aqui, pois o povo acha que depois que estreia não precisa fazer mais nada. Os amigos têm comparecido. O povo de teatro também. Não posso reclamar, tivemos a presença de pessoas do Grupo Malandro é o Gato, das Serpentes, do Criart Teatral e do Arteatro. Os jornalistas continuam se esquivando. Vi poucos nesse espetáculo e nem mesmo os estudantes de Comunicação, que mais tarde farão as matérias sobre teatro. É bom o povo se acostumar, ir vendo como é, para depois não falar besteira, como uns e outros por aqui. Com isso, encerraremos essa parte da temporada na semana que vem. Tá bom demais. Não posso reclamar. Esse texto já foi premiado duas vezes. Uma vez, na Bolsa de Estímulo a Criaão Artística - Dramaturgia, em 2o08 e a outra no Edital Microprojetos da Amazônia Legal. É um texto sortudo. Bom, vamos em frente. Colocamos no Festival de Teatro da Amazônia e nos inscrevemos, também, para o Amazônia das Artes. Mas esse do SESC, dependemos dos funcionários que trabalham na Cultura do SESC, eles é quem irão nos defender, mas até agora, somente um funcionário foi nos assistir. É uma pena. É uma pena que não temos pessoas realmenete interessadas em cultura, na cultura do SESC. Mas é sempre assim, quando mais precisamos ficamos na mão. Vamos ver se queimo a minha língua no próximo fim de semana. O último. Tô torcendo pra queimá-la. Pode acreditar.











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PRONTO





TEM VEZES...


QUE FICO DIANTE DA MALDITA FOLHA EM BRANCO


ELA SUFOCA, COBRA, ME DEIXA SEM FALA


ELA BERRA, APONTA, PROVOCA


DEPOIS DE TANTO SOFRER


SEGURO O LÁPIS, PESADO, E PONTO.





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