sábado, 30 de abril de 2011

NOVA MONTAGEM DA CIA. DO LAVRADO

já faz um certo tempo. cheguei em Boa Vista com um trabalho certo na mochila. cheguei porque insisti em estar aqui. estar. morei na casa de um amigo, que se formou na mesma escola de teatro, a CAL (laranjeiras/RJ). e o trabalho nunca rolou. vendi cordões de miçangas na Praça do Centro Cívico, na festa junina. contribuiu muito com a massa da panqueca vazia de todas as noites. depois, cismei de montar um espetáculo com quatro personagens. estava na introspecção total. e montei um monólogo. fiz algumas amizades em uma oficina de teatro que ministrei no Teatro Carlos Gomes. o povo nunca combinou em pagar a mensalidade nos mesmos dias, então, meu pagamento era uma loteria. dependia do dia. a Cia. do Lavrado surgiu daí. alguns participantes da tal oficina e outras almas que foram atraídas com o tempo.
nossa estreia foi no palco. o negócio do contexto é que nos levou pras ruas. teatro? em péssimo estado. fomento? nenhum. descobrimos, assim, as ruas. apreendemos, adaptamos, recriamos, inventamos, imitamos, perdemos completamente a noção, e nos reinventamos a cada trabalho, e nunca ficamos satisfeitos. entendo. também acho isso esquisito. e já são seis anos... quanta esquisitice! veja bem, o que mais nos complica, é que, por mais que pensemos que já chegamos em algum lugar, mais distantes nos percebemos de tudo. e mais dá vontade de seguirmos em frente. a Cia. do Lavrado já está em processo de montagem de seu novo espetáculo. APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA. então, é isso. vamos ver no que vai dar dessa vez.










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