segunda-feira, 16 de abril de 2012

RECEITA NO VERSO








No dia 11/04 começou a circular na UFRR o fanzine literário RECEITA NO VERSO. Essa é uma das possibilidades de intervenção dentro do campus que estava engavetada faz tempo e que agora no último semestre do meu curso de Letras/Literatura eu consegui colocar ação. Escrever nunca foi uma tarefa simples e muito menos entender como se dá esse processo em minha vida e essa é uma das razões que me faz continuar.
Nesse semestre pretendo lançar meu primeiro livro de contos. Isso seria uma tarefa fácil, acredito, se escrever não estivesse ligado ao meu processo de crescimento como indivíduo, se escrever fosse algo que eu pudesse explicar apenas com a palavra inspiração, se escrever não tivesse essa faca no pescoço me lembrando a todo momento que eu posso fracassar, e não digo na escrita e sim na vida. O processo de escrever é tão esquisito que volta e meia eu me percebo tentando boicotar a escrita, tento fugir como o diabo foge da cruz. É assim que escrevo, muitas vezes para não fracassar.
Enfim, Fanzine é uma publicação independente, de baixo custo, xerocada, normalmente editada por alguém que curte muito um determinado assunto e deseja dividir as suas ideias. Entendo o Fanzine como um instrumento de comunicação muito poderoso. Por ser uma publicação de bolso, trazer uma linguagem diversificada, com textos curtos e digrátis ele possibilita um contato direto entre escritor e leitor. O livro proporciona isso, mas nem todo mundo compra, aliás, nem todo mundo lê. A internet proporciona isso, mas nem todo mundo acessa blogs e sites de literatura, ainda mais depois da febre FACEBOOK e TWITTER, no qual as pessoas investem um tempo enorme e não reservam espaço para outras leituras. Não sou contra essas ferramentas, apesar de ter me afastado delas por acreditar que o conceito de Rede Social não funcionava na minha vida, pois quando eu deixo de fazer um comentário com quem tá do meu lado, fisicamente, para inserir esse comentário em uma rede virtual, eu acabo por me isolar, o contato não acontece. É um tiro no pé.
Escrever em um Fanzine até me pareceu uma ideia nostálgica, diante dessas tecnologias todas, Internet, Ipad, Iphone, mas ainda acredito na sensação indescritível do livro nas mãos, e no caso dessa publicação independente, o leitor com um mínimo de curiosidade não vai ter muito trabalho. É só abrir e ler. E aí, quando isso acontecer, a comunicação foi realizada. E o que isso pode gerar? Eu não tenho a menor ideia. Mas continuo escrevendo. 





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Um comentário:

Rosangela Perez disse...

Parabéns por essa nova etapa em sua vida!
Comungo com a ideia de divulgar, abrir espaço para troca, diversificando os meios, pois todos são importantes e válidos quando sabemos para aonde queremos ir.
Insista, não desista!Seja um missionário da sua forma de pensar.
Assim que lançar o seu livro de contos me avise.Quero tê-lo comigo.
Acredito que você tem o dom
da escrita/palavra.Desenvolva-o, sempre,para você partilhar com os outros porque creio que todos os dons que recebemos são para serem passados para edificar,colaborar uns com os outros.
Bjus.,
Rosangela.