sexta-feira, 27 de maio de 2011

SOBRE A NOVA MONTAGEM

APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA

Leitura dramatizada - SESC - 2010

Cora Rufino e Graziela Camilo

Foto: Ivan Andrade


E chegamos na terceira semana dos ensaios do espetáculo APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA. Essa semana nos concentramos no trabalho de mesa. Lemos, relemos, discutimos o texto e todas as suas possibilidades e referências citadas e outras, que serão a base da construção de todo o processo de criação cênica. Afinamos nossos entendimentos e na próxima semana continuaremos com a nossa oficina, com jogos teatrais que proporcionem a criação das cenas do espetáculo.
Conseguimos agregar mais valores para a nossa ficha técnica, as estudantes de Arquitetura Lívia Dourado e Marjorie Brilhante confirmaram a presença no projeto e inclusive decidiram, além de montarem a maquete do cenário, que foi a intenção do primeiro convite, que assinarão também a cenografia.
Acredito que essa montagem será um novo divisor de águas dentro do processo histórico da Cia. do Lavrado. Temos a atriz Joice Leó, que na verdade nunca realizou um trabalho teatral, trazendo na bagagem (além de sua experiência de vida e muita vontade de se comunicar) duas semanas em uma oficina teatral realizada aqui no estado com o parceiro Lucas Soledad. A atriz Madalena Vaz, agrega ao projeto sua experiência em teatro infantil, animação em festas e teatro de bonecos, todas realizadas em Manaus. Será seu primeiro trabalho teatral no estado de Roraima e a primeira vez que participa de uma proposta realista. As cenógrafas nunca idealizaram um cenário. São pessoas extremamente criativas, com uma energia bacana e que toparam de cara esse desafio. O texto, que foi escrito por mim, será meu segundo texto apresentado no estado de Roraima (aqui não conto com as peça curtas com temática de prevenção e esquetes). E o primeiro que entrará em cartaz em teatro, pois O ÚLTIMO DIA, que montei em 2004, rodou várias escolas e projetos sociais em Boa Vista e foi apresentado no Teatro Geber Medeiros, em Manaus, no I FESTIVAL DE TEATRO DA AMAZÔNIA, mas não entrou em cartaz em palco italiano. O Renatão (Renato Barbosa) assina a luz. E não é a primeira vez. Ele fez a luz do espetáculo HOMENS, SANTOS E DESERTORES, de Mário Bortolotto, foi uma das coisas mais criativas em iluminação que pude presenciar aqui no estado. Mesmo com a limitação de equipamentos, o cara mandou muito bem. A luz de SE MEU PONTO G FALASSE, de Julio Conti, Patsy Ceccato e Heloisa Migliavacca, também foi dele. E ficou no ponto.
Enfim, estamos fazendo. Será a 18ª produção da Cia. do Lavrado em seis anos de existência no estado de Roraima. E durante esse tempo percebo que cada vez mais nos firmamos em nosso estado, tem algumas pessoas que já nos acompanham. A cada ano estamos mais impregnados com a cultura que experimentamos e resignificamos aqui. O APENAS UM BLUES E UMA PAREDE PICHADA traz uma discussão, que é universal, mas que dentro de nosso estado alcança dados estatísticos alarmantes: o suicídio de jovens.
Este projeto foi contemplado no PROGRAMA MAIS CULTURA, da FUNARTE, em 2010. E em breve anunciaremos os parceiros (empresários) que irão fortalecer ainda mais nossa proposta.
Vamos em frente, sempre, que atrás já não existe mais. São apenas lembranças de tudo aquilo que foi e de tudo aquilo que poderia ter sido.

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