sábado, 23 de julho de 2011

SOBRE O DIA 19/07

Então, não deu pra chegar por aqui todos os dias, mas vamos lá, o Festival tá muito bacana, o público compareceu e acredito que a platéia do anfiteatro deve ter comportado mais de 1.500 pessoas em cada noite. Lógico, que em alguns momentos mais, em outros menos, mas deve ter chegado a essa soma. Ontem choveu. E não foi possível a realização do espetáculo do grupo Visse Versa, do Acre. Hoje eles apresentam.

Voltando ao dia 19/07, o Grupo Quebra-Cabeça, de Porto Velho apresentou o espetáculo Meu Rio, que conta a história de um rio, desde que nasce o mundo até o momento em que o homem entra e converte os dias em momentos de tristeza e morte. A apresentação sem diálogos é acompanhada por movimentos das formas que, com música, desenvolvem a história.
O espetáculo foi realizado por três manipuladores, que utilizaram mais de 10 bonecos para nos mostrar através de muita poesia como o homem está destruindo tudo a sua volta. Os bonecos representavam animais e objetos, que com frequência encontramos dentro dos rios. Os movimentos dos bonecos eram suaves e os manipuladores, que eram visíveis, em nenhum momento se colocaram presentes em cena, pois apenas os bonecos e a manipulação deles já nos direcionava e nos prendia diante da nossa história, diante daquilo que estamos fazendo com os nossos rios.
Depois foi a vez da Cia. Aqueles Dois, de Cuiabá/MT, com o espetáculo Umas e Outras, os dois palhaços, Bananinha e Pelota, são dois parceiros, dois amigos, dois rivais, enfim, dois humanos que contam historietas através de seus corpos. A música e a contação de estórias são os ingredientes necessários para contar as aventuras do menino levado João Jiló e a das diabruras de Pedro Malasartes.
Um espetáculo muito gostoso de assistir. Os atores conseguiram interagir o tempo todo com a platéia, que entrou completamente na história, aliás, nas duas histórias. Muito bom quando eles colocaram o público todo pra plantar jatobá, que além da consciência ambiental, todo mundo cantou e dançou. Já vi muito espetáculo de contação de história, mas esse foi especial, um humor leve, infantil (sem ser idiota), que me deixou com vontade de ouvir outra história.
E por fim, foi a vez do Grupo Eureca, de Macapá/AP, que apresentou o espetáculo João Cheiroso e João do Céu vendendo cordel, a peça narra a história de pai e filho, ambos artistas de rua, populares vendedores de cordel do Nordeste. A missão é simples e árdua: contar histórias e vender cordel, na tentativa de ganhar o sustento e repassar a cultura para as gerações futuras.
Os dois artistas de rua começam a contar a história de Jesus, em cordel, que na verdade é uma grande desculpa para que sejam realizadas diversas intervenções durante a contação. Lembrei-me dos artistas de rua que iniciam uma história e fazem exatamente isso, criam outras situações enquanto a história fica pendente e passam o chapéu o tempo todo e depois voltam para a sua história e assim vão até arrecadarem o suficiente para terminarem a história. No caso deles, não rolou o chapéu o tempo todo (só no final), mas foi a mesma estrutura. De cara, o público ficou encantado pela dupla. Engraçadíssimos.



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