terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESTÁGIO

Não apareço por aqui desde 06/10. Mas continuo com a escrita em dia, quer dizer, não páro de escrever. É necessário, é sem controle, simplesmente escrevo. Tem vezes que fico alguns dia em branco. Mas ultimamente tenho escrito no meu velho caderno. É outro trabalho. Sempre quando sinto minha vida confusa demais, veja bem, minha vida sempre foi muito confusa, mas tem vezes que a parada fica completamente sem noção, aí o jeito é sacar o caderno e o lápis e carregá-los para todo o canto. Quando eu frequentava o NA, há alguns anos atrás, o povo dizia que quando não tá muito legal, a solução é arrumar algo em que se ocupar. E as sugestões eram incríveis, desde limpar o quintal, até desarrumar o armário e arrumá-lo novamente. Eu escrevo. Quando tô bem e quando não tô. Vou acumulando histórias, ideias, pensamentos e poemas. Eles ficam gritando dentro do computador, nos cadernos espalhados pela casa, nos pedaços de guardanapos de bar, é uma puta doideira. Mas é bom demais. Tô no período de estágio na UFRR, e montei uma oficina de Gêneros Literários pra uma turma de 1º ano. Percebo a importância da produção de textos na escola, mas a leitura é primordial. A leitura é o que dispara tudo. Conversei com alguns alunos e a maioria me disse que lê pouquíssimo. O que não é nenhuma novidade. Mas na minha época eu também não lia, aliás, comecei a ler de verdade só em 1996, na escola de teatro. O fato é que voltei pra casa com um pensamento martelando minha cabeça, - como fazer pra tornar mais atrativo a leitura na escola? Na verdade como fazer pra colocar na cabeça desses jovens o quanto é maravilhoso ler e escrever? E a resposta tá na minha vida. Vai acontecer com eles, se eles se permitirem, de outro jeito não rola. É igual ao cara que usa muita droga, que já interfere em tudo em sua vida, não dá pra convencer o cara do contrário. Ele só vai mudar se quiser. Nos tempos de colégio tive ótimos professores que me incentivaram à leitura, mas na época não rolou. Mas saca só, será que aquela ideia colocada na minha cabeça não germinou muitos anos depois? Vai saber. Então, o lance é persistir. Amanhã vou pra sala de aula. E vou persistir. Sem me preocupar com resultados imediatos. Sem controlar essas merdas de que não tenho o mínimo de controle. Simplesmente vou deixar rolar, fazer a minha parte e torcer para que em algum dia da vidas desses alunos eles despertem para o mundo maravilhoso da leitura. E da escrita.




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