terça-feira, 25 de outubro de 2011

É SÓ A PARADINHA DO CAFÉ

Eu acredito em inferno astral. Eu acredito num monte de coisas que eu não tenho a mínima certeza de que existem. Pôrra, eu acredito em mim! Embora, muitas vezes, tomo algumas decisões inacreditáveis na minha vida. Desde o final de julho desse ano minha vida tem sido um inferno. Parece que quando chega essa época, todos os anos, uns mais do que outros e esse ano que relato foi foda, minha cabeça não pára de girar. Não consigo encaixar as ideias. Penso que tá tudo errado. Que não tem a menor graça levar a vida desse jeito e coisa e tal, ou seja, crise total! Crise? Ah! Crise é coisa de gente fresca. É a vida cobrando as promisórias, isso sim, me enfurnando dentro de uma caixa com espelhos pra todos os lados. Esse ano cheguei no limite de algumas coisas. Tô um pouco de saco cheio de gente, na verdade, de gente que não me acrescenta pôrra nenhuma. Que só fica mamando meu sangue. Tô cansado do coletivo e sinto que preciso de um tempo. Colocar as ideias em ordem. Avançar com meus projetos pessoais. Tô com saudade de sentir aquele puta prazer que me interrompe o sono de madrugada, que é egoísta, que insiste em se manter sozinho em meu pensamento, sem dar chances pras outras coisas que possam surgir. Tô com saudade da intensidade insana da vida. Decidi dar um tempo, de pelo menos um ano nessa história de trabalho coletivo. E falo aqui de teatro, lógico. Fundei uma Companhia de teatro em Boa Vista, a Cia. do Lavrado,em 2005. São seis anos de existência intensa. De insistência extensa. E desde 2009, percebo que o trabalho de grupo mesmo, não existe mais. Não do jeito que eu quero. E foda-se! Se falo aqui da minha vida, só pode ser do jeito que eu quero. As pessoas tem outros interesses. O teatro não pulsa como necessidade na vida delas. É apenas um lance, que as vezes rola uma grana, algumas viagens e só. O povo aqui em Roraima não aprofunda. É tudo muito superficial. E isso acontece em outros segmentos também. É como sempre falei, preciso me divertir, sentir prazer em fazer o que faço, de outro modo, é melhor interromper o processo. Tenho dois projetos de teatro engavetados. Pra apenas um ator. Então, vou me dar um ano de investigação nessas minhas propostas e talvez eu consiga sentir novamente prazer em fazer teatro. Fazer do meu jeito, que não é certo e nem errado, é apenas o meu. E como o teatro na minha vida sempre foi e sempre será ingrediente indispensável no meu desenvolvimento como ser humano, vou mergulhar de cabeça dentro de mim.



Free counter and web stats

Nenhum comentário: