- esse cara é café com leite...
O fato é que me empolguei com o evento de domingo e desde ontem decidi não enrolar mais. Hoje fiz toda a minha série. Nadei 1.200 metros. Podem até não achar muito, mas pra quem tá sem fumar desde a quinta passada... não é mole não. Parar de fumar é tarefa enlouquecedora. Sim, é de enlouquecer. Ainda mais quando eu não tô nem um pouco com vontade de parar. Mas a saúde não tá lá grandes coisas, taxas disso e daquilo bem altas, 42 anos, enfim, no mínimo preciso dar uma boa aliviada no intuito de passar a perna na tragédia. Ou pelo menos ficar melhor na fita. O garoto que faz parte da organização da competição me explicou tudo. E só faltou me chamar de tio.
- olha, vai ter um grupo assim como o senhor... o senhor vai competir com outros (nesse momento ele procurou palavras, juro que procurou!), com outros assim... pode deixar que o senhor não vai nadar com os moleques de 15 anos.
Aí eu pensei:
- Pôrra! Era tudo o que eu queria! Os moleques de 15 anos! Seria a minha melhor justificativa no caso de derrota.
Bom, quem não perde pros moleques de 15 anos? Até mesmo os outros moleques de 15 anos...
Hoje, quando voltava da natação, me lembrei de quando era mais jovem e nadava. Quando tinha meus 14 ou 15. Adorava apostar corrida na piscina com os outros moleques. E ninguém me vencia. Eu parecia não precisar de ar. Mergulhava na água e disparava para o outro lado como um míssel endiabrado. Era divertido. Acho que fiquei tão animado com a competição após essa lembrança. Talvez pense que no exato momento em que mergulhar naquela piscina pra competir, ela possa se transformar em uma máquina do tempo, e que durante os 50 metros necessários, eu possa estar bem distante daqui.

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