quinta-feira, 7 de maio de 2009

O PRIMEIRO TERÇO


Tava lendo O Primeiro Terço do Neal Cassady e lá pelas tantas páginas ele fala sobre uma viagem com O Conde de Monte Cristo. E disse que ficou obcecado pela leitura do livro em que o filme se baseou. Isso é a maior maluquice, não é mesmo? Lembrei-me de quando comecei a ler de verdade. Foi em 1996. Ah! Um pouco de nostalgia confundida com a ficção também vale, certo? Um amigo me orientou um dia a visitar a biblioteca pública do bairro e escolher três livros bem finos e com letras bem grandes. Eu dei uma puta de uma gargalhada. Não tinha entendido o que ele estava pensando. Questionei, mas fui. Por quatorze dias eu ficava com os livros. E lia. Lia no metrô. No ônibus. Na praia. De noite. De dia. Fiquei viciado nessa porra. Quando me dei por conta, tava lendo livros. Essa sensação que o Neal Cassady descreve é o que já senti muitas vezes nessas viagens que já li por aí. Não. Não sou um ótimo leitor. Engano bem. Isso eu faço muito bem. Te engano. Agora, escrever...não, ainda tô esperando alguém me dar um toque. De repente o próprio Neal pode me surpreender no final dos seus Terços.












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