divididos em duas praças, Praça das Caixas D’Água e Praça Getúlio Vargas. A programação de encerramento teve início às 18h, com os espetáculos Os Bichos Também Amam, do Grupo Evolução de Porto Velho (RO), a Cia. Será o Benidito? com o espetáculo O Salto e o Grupo
Off-Sina(RJ), com o espetáculo Café Pequeno e Psiu. Em seguida, os artistas iniciaram um cortejo, que conduziu o público até a Praça das Caixas D’Água. O festival encerrou suas atividades com a apresentação do Grupo O Imaginário, com o espetáculo Filhas da Mata.
Não consegui assistir a todos os espetáculos do festival, pois a Cia. do Lavrado apresentou nos dois primeiros dias e a correria foi intensa. Não me sinto a vontade pra falar dos espetáculos que assisti, justamente por não ter assistido a todos. Percebi que a discussão teatro de rua e teatro na rua ainda continua a martelar a cabeça de todos os artistas. Neste festival tivemos a oportunidade de assistir espetáculos que foram concebidos para a rua, espetáculos que foram
adaptados para a rua e outros espetáculos que a sua concepção ficou clara que foi feita para o palco italiano, a caixa fechada. Acredito que a tal da estética da rua ainda precisa ser muito discutida entre nós e este assunto deveria ser abordado em todos os festivais, mostras
e encontros da Rede Brasileira de Teatro de Rua. A responsabilidade que temos ao levar um espetáculo para as ruas, que realmente possibilite a comunicação entre os artistas e o público, esbarra na linguagem apropriada para esta prática. A rua é bem diferente do palco
do teatro de caixa fechada. Ou pensamos nossos espetáculos para a rua, já na sua concepção ou então não conseguiremos atingir o nosso público. Foi isso que percebemos neste festival.
Foram realizadas três oficinas dentro do festival, o Oficinão de Circo, ministrada pelo ator Richard Riguetti (RJ), que culminou no cortejo de encerramento do festival, uma oficina de percussão para o teatro, ministrada pelo percussionista Bira Lourenço (RO), no qual o
mesmo discutiu a importância da música no processo de criação de um espetáculo e uma oficina de Dramaturgia do espaço, ministrada pelo Professor e Mestre José Maria Lopes Júnior (RO). Ainda tivemos um ciclo de debates no qual foram discutidos os seguintes temas:
Estética, pelo Doutor Nilson Santos (RO) e Processo Colaborativo no Teatro Contemporâneo, com a atriz Jória Lima (RO). No sábado, 25/07, o Grupo O Imaginário presenteou todos os artistas do
festival com uma festa de confraternização no espaço da Associação Cultural Cuniã, no qual os artistas puderam comemorar o sucesso da II edição do Festival Amazônia Encena na Rua.
Dentro da programação do festival não teve um encontro da RBTR, mas os articuladores presentes no festival se reuniram e conseguiram trocar experiências e tirar suas dúvidas acerca deste movimento. Foi muito importante este encontro para afirmarmos a necessidade de integração da região norte com os outros estados do país e principalmente a integração entre os estados da região norte. Para a Cia. do Lavrado o Festival cumpriu o seu papel, que na sua
segunda edição conseguiu reunir um número superior de artistas e espetáculos com relação ao ano passado. O Grupo O Imaginário realizou uma tarefa quase Hercúlea, pois sabemos da dificuldade em se produzir um evento deste porte, principalmente na região norte. Acredito que o Amazônia Encena na Rua conseguiu se estabelecer nesta edição e torcemos para que o próximo ano a produção consiga reunir um número maior de artistas.

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