quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

BOA SORTE!

Tem horas que tirar o time de campo e ficar no banco só observando a confusão, com certeza é o melhor a fazer. Demorei muito pra entender e reconhecer o meu valor. Sei o que tenho condições de fazer e sei também o que nem quero tentar ou insistir porque já tá na cara que não vai dar certo. E sei também o que não tenho a menor condição de realizar. Nem sempre fui assim, acredito que depois dos 35 é que fiquei mais confiante. Esse ano faço 40 e tenho algumas certezas conquistadas nessa vida. Já tive diversas experiências profissionais e já bati muito com a cara na parede, então, quando me vejo numa situação semelhante, não penso duas vezes. Saio fora. Trabalhar com educação não é nada fácil. Ser educador é algo muito difícil, ainda mais dentro de um sistema viciado como o que vivemos. Na própria Universidade Federal tenho diversos professores, mas poucos educadores. Poucos que realmente se preocupam com o desempenho do aluno. A maioria se preocupa apenas com os resultados e eu muito bem sei, pois aprendi assim, que o desempenho não se mede pelos resultados e sim pelo processo de ensino aprendizagem.
Os projetos sociais funcionam de maneira semelhante. O resultado parece ser mais importante do que o processo de trabalho. Os profissionais se prendem à necessidade de apresentar resultados e por outro lado o sistema pede isso. É uma puta armadilha. No final das contas, os profissionais vão para outros lugares, saem dos projetos, buscam outros caminhos e a população alvo, que é quem fica, perde sem nem mesmo perceber o que perdeu. Isso é assim no Brasil todo, não é uma realidade local. Com isso, eu mantenho meu discurso, que na verdade faz parte do meu processo de ensino aprendizagem: trabalho com quem eu quero e com quem quer trabalhar comigo. É isso. Continuo em frente e como dizem por aí, quando uma porta se fecha, uma outra se abre. E já abriu. Até.






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