quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A MORTE PEDE CARONA

Comunicou-se com a ex-mulher. Uma mensagem tranquila. Simples. Sem segundas intenções. A separação se encarregava de manter algumas obrigações. Chegou meia hora adiantado. Não se sentia nervoso, mas bebeu uma latinha de cerveja e fumou três cigarros. A mulher parou com o carro na sua frente. Acendeu o farol alto. Colocou a mão para fora, o suficiente para chamar a sua atenção. Foi em direção do carro no vácuo do vento forte que berrava. Encostou-se. A mulher o abocanhou. Foi lambido até o último pedaço da carne do seu rosto. Tentou fugir desesperadamente e sem fôlego, tropeçou e foi alvejado com um tiro certeiro de 12 nas costas. A mulher passou por cima do corpo sem a menor piedade. Ganhou estrada. Sumiu.








Nenhum comentário: