acendo o cigarro sem pestanejar. me ligo no copo vazio. transbordo. tento encontrar, sem muita esperança, as palavras mais certas. as quebradas, aquelas capazes de me reconstruir. pelo menos a literatura... o impossível sempre me apavora. e eu trago. e eu tomo, com graça, os restos. e eu me descasco sem dó. sem espelho eu vejo minhas sobras. ah, eu vejo as minhas sobras. contento aos mil e um tropeços repetidos que me apavoram. não quero fechar os meus olhos. não quero me banhar em poucas lágrimas. não quero me molhar em migalhas.

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