sábado, 5 de dezembro de 2009

MIGALHAS






acendo o cigarro sem pestanejar. me ligo no copo vazio. transbordo. tento encontrar, sem muita esperança, as palavras mais certas. as quebradas, aquelas capazes de me reconstruir. pelo menos a literatura... o impossível sempre me apavora. e eu trago. e eu tomo, com graça, os restos. e eu me descasco sem dó. sem espelho eu vejo minhas sobras. ah, eu vejo as minhas sobras. contento aos mil e um tropeços repetidos que me apavoram. não quero fechar os meus olhos. não quero me banhar em poucas lágrimas. não quero me molhar em migalhas.





Free counter and web stats

Nenhum comentário: