domingo, 21 de setembro de 2008

MUITAS BALADAS...

O dia amanheceu nublado. Uma forte chuva se aproximava com o cheiro forte de terra molhada. A temperatura oscilava bastante, mas nunca mais que 13 graus. Se arrastou pela cama até ficar de pé, caminhou até à pia, colocou uma xícara de café requentado e sentou-se no sofá. Folheou o jornal do dia anterior. Preparou umas iscas para garantir o almoço. Colocou casacos, luvas e um gorro grosso. Foi para o quintal. Andou por cima do rio congelado, escolheu um bom ponto e ficou. Quebrou levemente um pedaço do gelo. O suficiente para colocar suas iscas para baixo. Acendeu o cachimbo e tirou uma soneca. A refeição desavisada também tentou saciar sua fome. Levantou-se assustado. Deu um puxão repentino que o peixe não percebeu nem porque morreu. Fez uma fogueira na porta de casa. Comeu até o rabo. Guardou as espinhas na sua coleção. Entrou em casa satisfeito. Agarrou uma garrafa de conhaque e voltou para cama. Colocou uma balada bem triste na sua velha vitrola, apagou seu cachimbo e adormeceu abraçado na sua menina.








Nenhum comentário: