domingo, 7 de setembro de 2008

PARIMOS A CRIANÇA

Foto: FM Rezende

E parimos a criança. Tô muito feliz que o público tenha legitimado o trabalho, apesar de ser a estréia, sabemos que temos muito o que trabalhar. O espetáculo não tá pronto. Tá longe disso. Mas conseguimos perceber que estamos no caminho certo. Foi ótimo ver os amigos por lá. A casa cheia. Mesmo nas suas proporções, não cabe mais que 40 pessoas. Mas tinha isso e mais gente em pé. Tava um puta calor. A sala não tem ar condicionado e durante o dia quebramos nossas cabeças pra encaixarmos três ventiladores nas janelas para que o público se sentisse mais confortável. Um espaço alternativo, que dá pra fazer muita coisa e que estamos adorando trabalhar lá. O texto de Mário Bortolotto, como já disse, sem comentários. A impressão que sinto toda hora no ensaio é de que tô com o meu pai ali fora da sala. Quem nunca viveu um conflito familiar? Quem nunca se sentiu deslocado em algum momento de sua vida? Sei lá, tô curtindo muito estar ali. A temporada apenas começou e já estou louco pra chegar sábado que vem. Não piso nos palcos, com um texto assim, mais denso, mais intimista, desde 2004. Tenho dirigido farsas medievais e trabalhado como ator apenas em peças de DST/Aids. Me sinto mais maduro como ator e tô com um gás da porra de bom. É isso. Vida longa à Homens, Santos e Desertores, de Mário Bortolotto.

Ei, sábado, 13/09, às 20h tem mais, no Centro de Cidadania Nós Existimos.

Valeu todo mundo que compareceu.













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