terça-feira, 30 de junho de 2009

SÓ ABSURDO!

Que processo de trabalho mais maluco. Acho que já falei disso por aqui. Absurdópolis, que nos perdoe Aristófanes, definitivamente, é o processo mais importante que vivencio na minha carreira. É, mané, eu posso dizer carreira, não posso? Porra, se eu não valorizar minha profissão, quem mais vai valorizar? Afinal de contas eu vivo disso. Já faz algum tempo que só recebo dinheiro do teatro. E minha contribuição doméstica se deve ao mesmo. Então, mais respeito, não é? Sacanagens de lado... as vezes penso que tudo poderia ser bem melhor, se todas as pessoas que realizam coisas, as realizassem com mais certeza e convicção do prazer que aquilo possa lhes oferecer. Viagem, né? Deixa pra lá, o que eu tava dizendo mesmo é que este conturbado processo de Absurdópolis tá foda de bom! Cada saída e entrada e saída de novos integrantes do elenco e retorno de outros que saíram há bem pouco tempo, só faz com que eu tenha a certeza de que este é o mais importante momeItáliconto de trabalho que a Cia. do Lavrado atravessa na sua existência. E por que não dizer na sua carreira? Somos fedelhos sim, mas temos uma puta vontade de seguir em frente. Não é assim que aprendemos a andar? Essa é a primeira direção depois dos tombos. E de tombos, a Cia. do Lavrado entende. Só neste trabalho atual já tivemos seis (06) atrizes para assumirem o papel de Joana, tivemos até espiãs, é, porque aquele sumiço sem satisfação só pode me remeter a algo obscuro. Foram várias tentativas para a personagem principal da peça; e teve muito mais, dois integrantes saíram no meio do processo; um integrante desistiu de fazer um dos papéis, isso no meio do processo, quase ontem; o substituto, que nos deu um certo alívio, precisou pular fora também, motivos de força maior; não temos dinheiro para a montagem; temos compromisso marcado para 22/07, em Porto Velho, pois vamos levar essa peça e mais duas outras; Desistimos de trabalhar o texto original e resolvemos criar uma outra história em cima do argumento do Aristófanes; a criação de texto específico para teatro de rua; Bom, isso é só o que me lembro agora, mas cada dia temos uma surpresa. Absurdópolis, que nos Perdoe Aristófanes, não poderia ser menos absurdo que tudo isso. Entendeu agora? Só pra você ter uma idéia, as notícias são vendidas por metro! É muita picaretagem... e isso é uma faca de dois gumes. Não. Vai me dizer que você não sacou? Brincadeira...









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