sábado, 18 de abril de 2009

O LOBO



Pegou a estrada logo ao anoitecer. Dispensou o cochilo. Seguiu viagem. Na maior tranquilidade alcançou sua garrafa. Bebeu todas. Chaminé acesa por todo o percurso. Desviou dos buracos na imaginação. Deslizou sobre seus tombos. Sempre de pé na velocidade. Sagaz. Fatal. Nem sentiu a presença do lobo. Pará-brisa quebrado. Pedaço entortado. Julgamento. Pedido de perdão. Não viu nem a sombra do que acabara de atravessar. Parou. Desceu. Procurou. O resto vocês já sabem. Nunca mais voltou.








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