sexta-feira, 25 de abril de 2008

IN-VERSO

Tudo bem, meu amor, eu falo da dor só porque me incomoda. Não disfarço rancor, não me armo, eu não cuspo em ninguém pelas costas. Sou puro instinto, malícia ingênua, sou objeto de uso e abuso. Um réu sob seu julgamento e eu confesso, sempre quis ser feliz. Eu não nego. Sempre quis ser feliz. Quem me diz que estou certo eu desprezo. Como posso estar certo se aceito da vida somente os seus restos? Tudo bem, meu amor, eu falo da dor, mas o que sinto no fundo é o inverso.




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