sexta-feira, 2 de maio de 2008

ALÉM DA IMAGINAÇÃO


Me despedi dos amigos que ficaram no bar e voltei para casa. Caminhei até o outro lado da calçada e resolvi cortar caminho por um beco deserto. Ao entrar, senti um forte cheiro de sexo. Gemidos. Palavrões. E a rua deserta. Mais à frente, trepando encostados no latão de lixo, um casal. Uma garrafa de cachaça descansava ao lado dos amantes. Ele estocava sem parar aquela puta máquina de gemidos. Puta. Olhei para o casal. Olhei para a garrafa. - Vai? disse o cara, com a voz embaralhada. Caminhei na direção dos dois. O cara parou de meter. Se afastou um pouco. Sorriu. A mulher sorriu. Em uma outra direção. Como se fosse uma cega. Senti o forte cheiro daquela buceta. Tive ânsia de vômito. Agachei. Agarrei a garrafa ao meu lado e dei duas goladas. - Qual foi, cara? Mete logo a pica! Disse o cara irritado com minha cara de nojo. - Não dá, meu irmão. Vou ficar na punheta. Disse e larguei a garrafa. O cara não se entusiasmou com minha resposta. - Vai fazer desfeita? Me mandou assim na lata, e em seguida meteu a mão dentro do latão de lixo e puxou uma pistola. A mulher gargalhou. Pensei, - pôrra, me fudi! O cara resolveu me sacanear e mandou que eu desse uma boa chupada naquela buceta. A vadia gargalhou novamente. Era uma máquina de gemidos e de risos. Ele sabia muito bem aonde não deveria colocar a boca, mas se eu fizesse esse papel, a puta lhe seria eternamente grata. Ela me chamou e deu duas batidinhas na buceta. Olhei para o cara, que me mostrou a pistola e disse, - Cara, se tu demorar demais, quem vai acabar dando aqui é você. A máquina de gemidos gargalhou novamente. Me mostrou o dedo, como sinal de aviso. Peguei a garrafa dei mais duas goladas. Sem largar a cachaça, me aproximei da vadia. O cheiro foi ficando mais forte. O cara iniciou uma masturbação compulsiva ao meu lado. A mulher agarrou minha cabeça em direção à sua buceta fedida e a enfiou entre suas pernas. Ânsia de vômito. Vômito. Mordida na xota. Gritos! Puxões no cabelo. Garrafada na lata. Fuga desesperada. Sirene de polícia no início do beco. Por uns instantes me senti um personagem saído de uma história Além da Imaginação. Cheguei em casa. Capotei na cama. Insônia. Me lembrei dos gemidos da puta. Me excitei. Abri a calça e mandei ver. Dormi completamente sem forças. Sonhei com aquelas cenas. Por mais bizarra que fosse a situação, imaginar sempre foi um combustível real para o meu tesão.








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