sábado, 25 de setembro de 2010

HISTÓRIAS

essa época tecnológica é massa! (gíria local). sou de um tempo que não tinha computador. não mesmo. em 87 comecei a escrever compulsivamente. tenho 41 hoje. quebrei minha perna em um acidente de carro. de carro na minha direção, pois fui atropelado. tava pra lá de Marrakesh...nem lembro direito o que aconteceu. a memória recente é a do hospital...cheio de enfermeiros e enfermeiras em cima de mim, no bom sentido... fratura exposta na tíbia e fratura no perônio. fiquei um ano engessado. nessa época me aventurei pelas madrugadas, pois o gesso era a maior agonia e não dava pra dormir. passei a ouvir os programas de rádio da madrugada. sim, era rádio naquela época. ficava encostado na cama, com o rádio escondido no tavesseiro e assim ía até às 6 da matina. quando ouvia meu pai pela casa, lá pelas 6 da manhã, desligava o rádio e dormia. nunca tinha passado pela minha cabeça em fazer teatro nessa época. lembro que escrevi dois cadernos de versos. pensava serem letras de música. os tenho guardados até hoje. minha punheta na literatura ou na mania de escrever começou ali. depois melhorei da perna e entrei numa banda punk. fui expulso da banda pouco tempo depois. sei lá, os caras não me entenderam, ainda penso que foi isso. é...até emplacamos uma música minha que tinha um verso assim..o que fede não é a merda/ e sim de onde ela vem/ eu quero mostrar pra você/o efeito que tudo isso tem, tudo bem... mas ainda acho que eles não entenderam a parada. depois, continuei a escrever. só na década de 90 é que me aventurei na dramaturgia. e aí não parei mais. essa porra de escrever é foda. na boa, mesmo estudando literatura na universidade, e ano que vem saio professor de português e literatura, penso que escrever é muito bom. mesmo que eu não esteja nos padrões. foda-se. não tô nem aí. olha, tô no lance em que não existem padrões. escrevo. simplesmente escrevo. bom... depois continuo isso aqui.





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