segunda-feira, 3 de março de 2008

À MEIA-NOITE

Estou de volta às madrugadas. Não adianta eu tentar dormir cedo que a sensação que tenho é de estar vivendo pouco. Sempre quis mais. De madrugada consigo ter minha mente mais calma e aí dá até pra escrever com mais tranquilidade. Já tentei, mas não consigo escrever durante o dia. Sempre fui um cara noturno. Sempre vivi na noite. Sou de cidade grande, muita oferta de diversão a qualquer hora da madrugada, enfim, Boa Vista é um deserto à meia-noite. Meus cachorros também são noturnos. Eles dormem de dia e vivem de noite. A madrugada pra eles é o ápice. Correm pra todo lado, brincam, latem, tentam se surubar... produzem mais a essa hora. São boêmios. Se abrisse o portão de casa toda madrugada eu tenho certeza de que eles iriam adorar dar um rolê pela rua, comer umas cachorrinhas, brigar com uns pitdogs e quando o sol estivesse ardendo e insistindo pra que eles desistissem de tudo, voltariam depressa, como vampiros, em busca de comida, reparos e sossego.

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