quinta-feira, 6 de março de 2008

UM DIA FRIO NO INFERNO OU OLHA O PICOLEZEIRO!


Hoje eu tive o prazer de conhecer a música de Gary Moore. Dirigi a tarde toda ouvindo os seus blues. Lembrei da minha gaita e me deu uma vontade de tocá-la. Mas não toco gaita. Apenas me divirto com ela. Uma vez eu voltava do município de Amajari com meus amigos de trabalho e lembrei que tava com a gaita na bolsa. Resolvi tocar. O Foca, meu brother capoeirista, disse que eu tava parecendo um picolezeiro. Saca aquele apito chato que ouvimos toda hora pelas ruas de Boa Vista, então, eu, um picolezeiro...fiquei sem graça pra caralho e parei de tocar. Por outro lado, o maluco do Renatão pediu pra eu fazer um fundo musical na poesia que ele iria dirigir em um concurso de poesia. E não é que eles ganharam o prêmio. Eu não devia tá tão ruim assim...

Desde o trabalho do Projeto Mulheres em Ação, com a peça Quem disse que a decisão deve ser dele? que é toda musicalizada, em ritmo de forró pé-de-serra e super animada que eu sinto a necessidade de aprender a tocar um instrumento. Eu toco aqueles instrumentos de percurssão que a Cia. do Lavrado têm, mas eu quero aprender alguma coisa de verdade. Vai contribuir pro meu trabalho de ator, contribuir com o meu desenvolvimento como ser humano, porque música é foda de bom cara. Agora tô na dúvida do que tocar. Pensei em sanfona, que é super popular e como estamos trabalhando direto nas ruas e tenho planos de montar um Shakespeare no próximo ano, nas ruas também, então a sanfona cairia bem. Mas tem também o violão. Instrumento que dá harmonia. Sem instrumento de corda fica muito ruim. O forró deu super certo na outra peça porque não precisou do violão. Agora, tenho uma puta vontade de aprender a tocar gaita de verdade. É sem dúvida o instrumento que mais gosto. Quem sabe eu até acabe voltando a escrever letras de músicas. É verdade, minha história com a escrita foi através de letras de músicas bem escrotas, bregas, meladas, sabem aquelas bem rimadas onde amor rima com dor e paixão rima com azulão. Nada com nada. Depois comecei a escrever letras punk. Que salto louco, não é? Já fui até vocalista de banda punk. Saca só como eram as letras, O que fede não é a merda/e sim de onde ela vem/eu vou falar pra você/o efeito que tudo isso tem. O caras não entenderam o recado. Fui expulso da banda. Mas isso é uma outra história.

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