quarta-feira, 26 de março de 2008

PROFESSORES ENROLADORES

Marquei hora com a Carla do SESC pra tratar assuntos da I Mostra de Esquetes da FETEARR e como cheguei cedo resolvi marcar um tempo na Nobel Livraria. Diga-se de passagem, sou um perigo dentro de livraria. Sou viciado naqueles livros de bolso, a coleção L&PM. Lembrei até que precisava de uma gramática, mas acabei no stand dos de bolso. Encontrei Edgard Alan poe e comprei, encontrei um livro de contos de Tchecov e comprei, encontrei dois livros de Bukowsky e não resisti. Pôrra, dois do velho Buk...não dá, eu preciso comprar, pois não sei quanto tempo vai levar pra aparecer novamente e nem sei se esses vão voltar a aparecer. Peguei ainda um do Kerouac, mas acabei não comprando. Me lembrei que ainda tô em casa com o Tristessa (acho que é assim que se escreve) e não li ele todo. Enfim, deu a hora e me mandei. Ufa! Quase fico duro. Mas depois pensei, cara, tô comprando livro. Eu gosto de ler. Deveria ler mais. Eu adoro escrever. Deveria escrever mais. Mas quer saber? Faço o que posso e quando posso.

Na UFRR os professores fazem o maior discurso de que os alunos não estão nem aí pra leitura. Dizem que a população não é incentivada à ler. Ouço esses bostas vomitando e me lembro que tem professores nessa mesma UFRR que passam, por semestre, seis livros para os alunos lerem, além de várias apostilas de teóricos pra se estudar e além disso, outros teóricos que irão acompanhar a execução do trabalho que será avaliado. Vai tomar no cú! Como é que esses caras, que cagam a maior goma dizendo que são doutores querem que seus alunos gostem de ler? Podem até ter o título, mas cara, educadores mesmo, eles não são. É isso que a educação do Brasil precisa. Mais educadores e menos enroladores.

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