domingo, 16 de março de 2008

TÂO ACHANDO QUE EU SOU TROUXA...

Finalmente estreiamos. E deu tudo certo. O céu esteve lindo o dia todo e à noite não foi diferente. Maravilhosa. Chegamos cedo à praça e montamos toda a estrutura do espetáculo. Esse ano consegui diminuir o cenário, mas apesar de não termos muitos objetos grandes, ficamos com muitos outros menores pra carregar. Tive que dar umas três viagens e confesso que foi um saco. Fazer o quê? Às vezes penso que se eu amolecer, essa pôrra toda desmorona.

O público compareceu e lotou a praça. Vi muitos conhecidos. Estranhei que ao fim do espetáculo fui cumprimentado apenas pela minha irmã, o Luis e a Marisa (diga-se de passagem que só a Marisa é da Federação). Cara, tinha um monte de atores presentes. Tinha até Diretor... Não esperava que alguém viesse me dar sua opinião, até porque eu caguei pra opinião de qualquer um deles. Se eu quisesse opinião, ao término do espetáculo eu falaria bem alto no megafone, - Ei, agora queremos saber a sua opinião! O fato é que somos parte de uma Federação. Acredito que os atores ali presentes deveriam se aproximar de todos os atores do nosso espetáculo e cumprimentá-los. Percebi até que teve gente que cumprimentou porque o colega tava do lado e foi na direção do ator, ou seja, se sentiu pressionado. Vai tomar no cú! Tá no lugar errado. Não devia estar fazendo teatro. Cumprimentar os colegas é mostrar respeito, nobreza de gestos, solidariedade, afinal de contas estamos buscando o mesmo objetivo maior. Por mais que a gente diga que a realidade mudou, ou seja, falo da relação entre as pessoas, ainda vejo um puta jogo de esconder informações, uma desconfiança de que o outro vai roubar idéias, e um medo desgraçado de fazermos melhor do que eles... tudo babaquice! As pessoas ainda fazem coisas pelas costas. Quando esse povo todo que tava lá estreiar algum espetáculo, sabem o que vou fazer? Vou cumprimentá-los, um a um, como sempre fiz. Vou fazer tudo que eles deveriam ter feito, mas não fizeram. Acreditem, ou existem coisas que não estão nos livros teóricos de teatro ou as pessoas não estão sabendo estudar direito.

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