quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DEIXAPRAAMANHÃ



E nos aproximamos do fim do ano... é verdade, já se foram seis dias. Ano de Copa do Mundo. Ano de eleição. Um ano que nem iremos sentí-lo. Volto a rotina diária. Quando viajo, sempre volto revigorado, mas também sempre retorno com aquele pensamento de que tudo irá mudar. Deve ser o excesso de otimismo espalhado por aí no período de festas. Excesso etílico. Tudo conversa. Nada muda. Falo das mudanças radicais e fantásticas que muitos brasileiros anseiam durante o período festivo. Coisas como chegar em casa e dar de cara com um disco voador, de portas abertas e com alguns seres estranhos me convidando para dar um voltinha pelo universo. Sumir geral. Apagar o vexame. Deixar pra trás o que não foi calculado, tudo aquilo que fugiu ao meu controle, aliás, esquecer a merda do controle. Não lembrar das pessoas que não merecem nem mesmo fazer parte de minha lista de esquecimentos. Circular por outros planetas e aprender novas táticas de desaparecimento temporário da vida alheia. Cruzar outras órbitas, beber outros líquidos, comer o que der na telha sem a menor pretensão dos modismos. Comer mais parentes da telha. Aprender algo não humano que me possibilite arrancar de vez os desejos de fazer qualquer coisa, arrancar de vez do meu pensamento o tradicional deixapraamanhã e que os desejos só existam se forem possíveis de realizá-los. Desejar em 2010, só a curto prazo...o ano vai passar batido. E que venham os extraterrestres!



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