quinta-feira, 12 de junho de 2008

BOTERO III




Pegou a mais atraente do salão. Uma gostosa cobiçada por todos os pés de valsa. Ficou prosa com a aceitação. A princípio, pensou apenas em dançar. Sentir aquele corpo formoso e delicado. Mas também nem sabia o que dizer numa situação como aquela. Não era do tipo falastrão. Não tinha as manhas da sedução. Era impulsivo. E isso era um risco que corria sempre. Depois de dado o passo, não tinha mais volta. Improvisava. Os resultados não eram os melhores, mas de cinco formosas, uma lhe rendia uma deliciosa noite de heavy sex. A dama perfumada inverteu os papéis. Não queria voltar para casa sem um macho. Deu uma lambida na ponta da orelha dele. E sussurrou.
- seu peito é tão gostoso. Um travesseiro... acochegou a cabeça carinhosamente. Ele suou frio. Não saber a hora certa de chegar sempre foi um probelma, agora ter que corresponder imediatamente, esse era outro bem pior.
- eu malho, respondeu com uma voz ameaçada, quase em silêncio. Percebeu a merda que havia dito. Malhação... só com o bíceps de tanto levar comida para dentro de sua boca. Ela deu um risinho sacana. E continuou como uma gata no cio. Se esfregava toda. Ele então, tomou coragem e segurou com vontade a bunda de sua parceira.
-ui! Tomou um susto com a atitude do dançarino. Mas adorou a sua pegada.
- vamos tomar um Martini lá em casa? Ela não queria perder mais tempo. O destino estava aí para mostrar que para festejar gol marcado, primeiro era preciso fazer o gol. Sem esperar a resposta do pálido e engasgado acompanhante, ela o arrastou pelo braço porta fora. Dançaram a madrugada inteira em ritmo de bate-estaca.





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