quinta-feira, 12 de junho de 2008

NEM TUDO É O QUE PARECE

Dobrou a esquina, às pressas, e vomitou tudo. Nem escolheu um lugar adequado. Com a mega-sena acumulada, a loteria estava lotada. Olhares de reprovação. Julgamento.
- se eu fosse um idoso, ninguém iria me olhar desse jeito, pensou. Respirou fundo. Vomitou novamente. Não havia tomado café de manhã. Era só água. E muita ânsia. Caminhou até uma padaria. Estava disposto a fazer uma exceção naquele dia. Pediu uma média. Devorou o pão, mas só deu dois goles na bebida. Acendeu um cigarro e saiu. Caminhou pela avenida vazia. Ainda era muito cedo. Passou por um lanche 24 horas e resolveu se sentar e ler. Não resistiu e pediu uma cerveja. Bem gelada. Bebeu e leu vários contos. Fumou bastante. Pediu mais. Pagou com o cartão de crédito. Não tinha um tostão. Depois da sexta garrafa, tomou rumo. Precisava caminhar até sua casa. Mais à frente, parou um Crossfox amarelo e a motorista lhe pediu uma informação.
- é meu caminho, se me der uma carona, vai ficar mais fácil. Topa? mandou assim pra motorista e foi atendido na hora. Entrou no carro. A mulher devia ter uns 19 anos. Estava perdida mesmo. Nunca tinha ido para aquele lado. Ela não era tão bonita, mas vestia um short jeans, justo, uma blusinha baby-look e era muito falante. Ouvia Vai Vadiar, Zeca Pagodinho. Dirigia muito rápido. Ele já estava bem alto. Ainda com ânsia de vômito. Não resistiu. Colocou a cabeça para fora do veículo e mandou a carga embora. Pensou que a garota fosse parar o carro e mandá-lo descer.
- ei, tu tá meio doido, não tá? Disse a menina.
- é. Tô sim. Desde ontem, respondeu ele.
- tá afim de ir lá pra casa? Olha, tem um lance legal lá. Vamos pirar, o que acha? Convidou-o, toda excitada. Ele concordou na hora. Ela tomou a direção dos bairros nobres. Entrou numa rua deserta, afastada e com muitos casarões. Estacionou a máquina. Foi entrando em uma big house. Ele foi atrás. Sempre olhando aquele rabo delicioso. Ela ligou o som. Pegou uma garrafa de uísque no armário e o chamou para perto. Beberam e riram por várias rodadas. Ela não aguentava muita bebida. Ou fingia. Ficou logo alta. Não paravam de falar bobagens. E riram mais ainda. Sem que ele percebesse, ela pulou no seu pescoço. Tascou-lhe um beijo desesperado. Ele, assustado, correspondeu. Se engalfinharam no sofá. Era mão para todos os lados. Muita chupação. As línguas pouco se encontraram, mas percorreram todo o corpo do parceiro. Barulho na porta. Ficaram imóveis. O pau do cara murchou com a apreensão. A menina arregalou os olhos.
- é meu marido! Exclamou e deu um pulo do sofá. Ele não sabia o que fazer. Começou a rir. Talvez nervoso.
-ele é agressivo, vamos, sai lá por trás, ela chamou sua atenção. Ele levantou-se e foi em direção da cozinha, mas já era tarde.
- amorzão! Tô louco de fome, uma voz grave, que só poderia vir de um sujeito avantajado. Ele voltou para o sofá. Fingiu estar tudo bem.
- tô aqui, meu amor, tô com um amigo, sua voz estava insegura. O cara não ia engolir aquela chifrada. Precisava de um plano B. Mas nunca lembrava de sair de casa com um. O marido entrou na sala. Vasculhou todo o ambiente com o olhar. Estava na cara que tinha percebido alguma coisa.
- prepara uma bebida pra mim, amor, disse e sentou-se no sofá.
- então, o que é que tá rolando? Já com a voz mais alta, insistiu em saber da situação.
- nada. Eu apenas estava quase comendo sua mulher, falou sem perceber o que havia dito. Tinha essas tiradas. Depois, já era. O leite já havia derramado.
- eu posso explicar, amorzinho...
- explicar porra nenhuma! Quer dar? Agora ele vai ter que te comer! Vamos, tira logo essa roupa, sua vadia!
O cara levantou-se e foi logo arrancando a roupa de sua mulher. Ela gemia e dizia que não queria, mas foi em vão.
- não precisa ser assim, disse o estranho que foi pego em flagrante.
- cala a boca! Você agora vai comer essa puta bem na minha frente, berrou e arrancou a calcinha de sua mulher. O cara não tinha outra saída. Mesmo nervoso, a situação lhe excitou. O pau já estava enorme. Pronto. Partiu para dentro. Jogou a mulher de costas no sofá. De quatro. E meteu com vontade. Não queria nem pensar o que iria acontecer com ele, só queria meter e aproveitar. Poderia ser sua última foda. O marido abriu a calça e colocou o pau para fora. Sentou-se no canto e se masturbou dentro daquela cena bizarra. Todos gozaram. Em tempos diferentes. Mas gozaram muito gostoso.
- se manda! Disse o marido sem perder tempo. O cara olhou a mulher jogada no sofá. Estranhou. Não perdeu tempo e se mandou. Esqueceu de tomar sua última dose. Voltou. À porta da sala, apenas ouviu.
- e aí, gostou? Disse a mulher abraçada às costas do marido.
- uma delícia, meu amor, foi difícil de trazê-lo pra cá? Respondeu o marido, novamente de pau duro.
- que nada, foi moleza. Até que ele era bonitinho, falou a mulher.
- agora vem cá, sua sem vergonha, gosta de dar pra outro, não é? Agora você vai ver o que é bom pra tosse! O marido a colocou no seu colo. Fuderam deliciosamente. O cara ouviu tudo. Deu uma risada. E saiu sem beber sua última dose.
- filha da puta, me fudeu legal...




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