sexta-feira, 6 de junho de 2008

NEM TENTE, É ASSUSTADOR!

Essa é genial. Ouvi na mesa de um bar. Meu amigo ouviu em outra mesa, de outro bar. E me contou. É mais ou menos assim, o sujeito era hipocondríaco. Qualquer tosse ou espirro ou sequer um pigarrinho perdido, era motivo suficiente para ele invadir o PS. Os funcionários já o conheciam.
- aí, pessoal, o doentinho tá vindo!
- puta que pariu, esse cara é um pé no saco!
- mané, esse cara faz chover com o olhar!
E assim ele se aproximou do guichê. Tentou convencer a atendente de que ele estava tendo um ataque cardíaco. Encenou o desmaio. Olhou atravessado para perceber a aceitação. E continuou seu sofrimento disfarçado. Logo vieram vários funcionários e o levaram para dentro do hospital. Depois de perturbar durante três horas a rotina do lugar, foi liberado. Conseguiu umas balinhas para dor de cabeça. E só.
A família já sabia das suas proezas. Não tinha crédito com ninguém. Azar mesmo seria se a morte o surpreendesse em um ambiente como esse e que a condição para sua vida ser mantida dependesse da pressa com que você fosse atendido. Banco não empresta para quem não tem. Então, morreu.
Na lápide de seu túmulo, ele realizou um desejo que já havia guardado faz tempo. Pagou à um mensageiro bêbado com manias de fidelidade, que mandou colocar como epitáfio a seguinte frase: E VOCÊS NÃO ACREDITAVAM EM MIM...
Fudeu com todo mundo para o resto da vida. Uma frase que não permite resposta. Não tem fim. Me lembrou do túmulo de Bukowsky? DON’T TRY (NEM TENTE). Assustador. Sem palavras.




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